MACEDO, O FIM DO DIPLOMA MANHOSO DE 1980
Ao anunciar agora que segunda-feira irá renunciar ao subsídio de alojamento, após a polémica sobre o assunto, Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, resolveu bem e a bem um problema real para si e para o Governo. Havia que enquadrar a sua situação de governante e de privilegiado com as linhas gerais orientadoras do Executivo para a grande maioria dos portugueses. Num tempo absolutamente crucial para o País e onde os que têm pouco terão ainda menos, o que faz sentido será abolir leis canhestras como esta e deverão ser uma praga edificada à medida da gula extraordinária dos tristes partidos da bancarrota. Não poderemos esquecer quaisquer outros casos equivalentes ao do ministro e se nos farão o favor de dar o exemplo, abdicando do que manhosamente se legislou para cevar esse longevo e subvencionado pessoal da política, quando há portugueses que empobrecem literalmente para poder trabalhar e assim empobreceram a vida inteira.
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Se fosse por sua decisão pessoal, nunca teria aceitado receber o subsídio de alojamento.
Em segundo lugar, embora se leia nesta notícia do Público que Miguel Macedo é o único caso deste tipo podemos facilmente encontrar noutros órgãos de comunicação social o oposto. Deixo aqui a peça do Jornal de Notícias:
«Entre os nove abrangidos estão Miguel Macedo, ministro da Administração Interna e José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, ambos com casa em Lisboa, segundo a declaração de rendimentos e património entregue no Tribunal Constitucional.
Miguel Macedo indicou como morada fiscal um apartamento em Braga, mas declarou também que tem uma casa de 4 assoalhadas em Algés, na rua Fernando Curado Ribeiro, com uma hipoteca a favor do Millennium BCP.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, indica uma morada de Viseu como residência oficial, declarando em simultâneo ser proprietário de um apartamento na Parede, em Cascais.»
Não sei quem está a falar verdade... Espero que se esclareça a confusão.
Roubar é sempre vergonha, não só quando descobrem o furto.
Talvez esta polémica acabe por fazer esquecer outras coisas:
Fazer abolir, em 31Dez11, as pensões políticas dos 400 magníficos proletários do Regime;
Fazer abolir, em 31Dez11, os abonos de habitação dos augustos magistrados/juízes reformados.