PCU DA CARRIS VS. PLATAFORMA DE CONTRIBUINTES

«Tou-me a cagar para o segredo de Justiça», disse um dia Ferro Rodrigues. Depois disso, fomos compreendendo facilmente que o Partido Socialista estava-se, afinal, a cagar para Portugal. É por isso que não me sinto em nada sensibilizado pel'A Plataforma das Comissões de Utentes da Carris quando resolve deplorar profundamente o facto de estarem em avaliação estudos no sentido de acabar com as nove carreiras do serviço nocturno, matéria sob avaliação pelo grupo de trabalho criado pelo Governo para estudar a reforma dos transportes públicos. Se é verdade que as carreiras em causa asseguram o acesso a casa de estudantes, profissionais dos serviços de saúde e até aos trabalhadores dos grandes centros comerciais, pois não possuem viatura própria, e tais cortes põem ainda em causa o programa «Lisboa à Noite», cujo objectivo será aumentar a oferta de transporte público e aumentar a segurança na cidade, certo é que o fim das carreiras da rede da madrugada significará simplesmente o fim dos circuitos mais onerosos para a empresa. Aqui acabam os argumentos porque nem são precisos mais. O que é oneroso ao Estado deve acabar para que se não perpetuem vícios, dívidas, o desastre da gestão em qualquer lado. Não existe meio termo, uma vez que o sector público de transportes deve 16,8 mil milhões e isto merece uma resolução corajosa e rápida. Por uma vez, que a razão dos contribuintes se sobreponha à lei do menor esforço e ao comodismo de um irrisório número de pessoas, por mais legítimas sejam as suas aspirações. 

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