NO CREPITAR DOS CRETINOS

«Sempre fui frontalmente contra qualquer tentativa de resolver nos tribunais o que pertence à política. Não posso, no entanto, deixar de me interrogar sobre se o conteúdo do relatório do Tribunal de Contas sobre as PPP rodoviárias não deveria ter consequências judiciais. Uma coisa é ter optado por um modelo errado. Ou ter multiplicado, “por ideologia”, como gostava de dizer no Parlamento José Sócrates, a construção de infra-estruturas hoje às moscas. Ou mesmo ter feito maus negócios, aceitando remunerar accionistas das novas PPP por valores “claramente superiores aos praticados no mercado”. Tudo isto caberá, por mais que nos custe a engolir e a pagar, no domínio das opções políticas e das circunstâncias de um governo. Mas já é totalmente diferente esconder do Tribunal de Contas contratos adicionais, com um impacto financeiro de 705 milhões de euros, única forma de conseguir um visto que antes fora recusado. Estas manobras têm rosto. O mais evidente é o de Paulo Campos, actual deputado do PS e ex-secretário de Estado do sector. Mas é o único, como sabemos.» José Manuel Fernandes

Comments

Luis Moreira said…
Tão amigos que eles eram. Paulo Campos já veio dizer que os responsáveis são os 2 ministros com quem trabalhou.

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