UM PAÍS, DUAS ECONOMIAS

Mania de sublinhar a ideia de que em Portugal os desempregados gozam de elevados benefícios. Se há desempregados europeus que gozam de elevados benefícios não são de todo os portugueses, como aliás não gozam deles a maioria dos reformados, dos precários e explorados de Portugal. O acento deverá incidir nisto em vez de na demagogia dos "benefícios": «Portanto, no momento em que foi declarada a Bancarrota Sócrates uma grande parte da economia deixou subitamente de ser alimentada artificialmente. Acabou o crédito cedido ou promovido pelo Estado e acabou grande parte da economia gerada directa ou indirectamente pela procura pública. Porque é que o preço do trabalho não ajustou de imediato em baixa evitando o desemprego? Bem, tal nunca ocorre de imediato, mas há 3 factores que tornaram a queda dos salários muito mais lenta: a pouca flexibilidade do mercado do trabalho, os elevados benefícios auferidos pelos desempregados e a existência de um sector que graças aos subsídios públicos se encontrava completamente fora da realidade e não tinha como ajustar. Não por acaso, existem neste momento em Portugal 2 economias em processos muito distintos. Uma economia não transaccionável em contracção e a criar desemprego e uma economia transaccionável em expansão e a criar emprego.» João Miranda

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Concordo com a indignação do post! Esse João Miranda deve viver na estratosfera e ser dos tais que beneficia apenas da tal segunda "economia de sucesso" (?!) de que fala!
Bom fim-de-semana.

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