A TREMURA DAS SECRETAS

Silva Carvalho mostrou o seu apetite de baleia e sua extrema predisposição a formas limite de venalidade e comércio moral pela melhor licitação. Azar. Daí que Júlio Pereira admita perante os deputados que seria uma mais-valia os serviços terem base legal para usar polígrafo e escutas a fim de escolher e acompanhar com mais rigor os funcionários, significa somente que o ante e pós-recrutamento de agentes já não serve para dissipar todas as dúvidas que afinal só muito dinheiro e uma vida a correr bem dissipam. É preciso polígrafo e escutas, ouviram, caros candidatos? Se toda a questão, como o resto, não se resumisse a [mais] dinheiro e a [mais] poder pela arma da informação, de todo o fumo contaminante levantado pelo caso Silva Carvalho pouco haveria a lamentar senão a grosseira transgressão dos limites mínimos de lealdade, obediência e sigilo, a que tais serviços estão vinculados. Mas, enfim, os Governos socratistas introduziram um princípio de desbragamento a que quase nada escapou. O friso geral é de estarrecer.

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