SNS, QVO VADIS?

Até aqui, nada poderia mudar o modo de vida das instituições e das pessoas a elas ligadas, quando o descontrolo gestionário na Saúde, na Segurança Social, na Educação, se transformara símbolos do caminho ruinoso do Estado Português. Agora, não faltam ideias para inverter o percurso. Afiancemos haver genial criatividade na hora de inventar dinheiro para onde ele não existe. Das duas uma, ou se está mesmo a inovar, abrindo caminhos únicos no mundo das receitas públicas, ou se roça a idiotia e o sarcasmo camuflados. É difícil decidir. Mas atente-se e julgue-se o exemplo da introdução de taxas na utilização de telemóveis com a tributação de um cêntimo por minuto nas chamadas e mensagens como «forma inovadora de financiamento de sistemas de saúde». Embora deteste e desconfie de 'entidades', eis uma das propostas que a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) apresentou ao ministro Paulo Macedo no relatório “Análise da sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde”. A criatividade será sempre boa, tirando o facto de não sabermos aonde pode ousar chegar e os perigos dessa ousadia. A chi dai il dito si prende anche il braccio.

Comments

Anonymous said…
Fazendo um exercício de pesquisa semelhante e justo, porque não calculam quanto lucraria o Estado se taxasse, à unidade percentual, ou ainda que também ao cêntimo, as transações ilícitas relativas a coisas tão abstratas como corrupção e evasão fiscal?

Como fazer? Estupidamente fácil.
Irei ter de trabalhar trinta minutos diários extra a partir, provavelmente, de Janeiro.

Era só pedir ao Sr. Ministro Paulo Macedo que fizesse os seus trinta minutos na
Direção Geral dos Impostos.

Penso que seria uma forma de promover ainda a produtividade política e a multi-disciplinaridade ministerial.
Criaria espírito de grupo e daria um ótimo exemplo aos portugueses

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