«ALÓ PRESIDENTE» OLÁ, AUTORITARISMO
Assente na segurança precária proporcionada pelo dinheiro do Petróleo, Chávez é, apenas por esse respaldo, um confortável tirano fazendo o que todos os tiranos fazem, talvez com o benefício da aprendizagem de outras experiências menos duradouras porque basicamente sangrentas. Prega ao Povo, por um lado. Por outro, serve uma clientela activista e apaixonada que o serve a ele. Ceva os seus e as suas famílias. A retoricazinha pedagógica interna não consegue esconder a perfídia do desrepeito pelas regras democráticas elementares, o autoritarismo paternalesco e a auto-absolutização. Neste ponto caberia perguntar, quem é o mestre de quem?! Será o Chávez que não compra Magalhães nem conclui os negócios-Lena* acordados com Portugal o mestre de Sócrates?! Ou será o Sócrates que processa jornalistas e vive da Anunciatura Repetida de Buffets Caros e do Nulo e Irrelevante o mestre de Chávez?! Dá para ver que estão bem um para o outro: «O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, cancelou ontem uma edição da série de programas televisivos "Alô Presidente", iniciada há 10 anos.Este cancelamento abrupto de uma das edições especiais de aniversário da rúbrica verificou-se depois de uma polémica com o escritor peruano Mario Vargas Llosa, o qual dissera que a Venezuela se arrisca a ser uma nova Cuba.»
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* «O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, assumiu hoje na Figueira da Foz que o processo relativo à construção de 50 mil casas pré-fabricadas na Venezuela tem tido uma evolução mais lenta que as expectativas iniciais."Sei que tem havido, relativamente às expectativas de rapidez na execução deste contrato que existiu inicialmente, algum retardar, alguma evolução mais lenta do processo", disse Mário Lino aos jornalistas, em declarações à margem de uma iniciativa da Ordem dos Engenheiros. O ministro das Obras Públicas frisou, no entanto, desconhecer se o contrato entre o grupo português Lena e o governo de Hugo Chávez, no valor de dois mil milhões de euros, está em risco. "Acho que não, não sei, não tenho conhecimento", frisou Mário Lino. O jornal Expresso escreve hoje, em manchete, que "Chávez suspende mega contrato com Portugal", explicando depois que um negócio "considerado o símbolo da diplomacia económica", que previa a entrega de 50 mil casas pré-fabricadas pelo Grupo português Lena ao Governo venezuelano de Hugo Chávez, nunca passou de intenção apesar da pressão de Portugal a Caracas, não existindo sequer um contrato específico assinado. "O negócio de dois mil milhões [de euros], anunciado com pompa, está em risco", escreve o Expresso, porque "Caracas procedeu a uma revisão do seu orçamento tendo em conta a baixa do preço do petróleo". Mário Lino disse hoje que existiu um "contrato feito" e que ele "tem a sua evolução normal", mas lembrou que se a alta dos preços do petróleo afectou muitos países, "hoje a baixa do custo do petróleo afecta outros, a Venezuela é um produtor de petróleo", disse. "Não sei em pormenor como é que isso está, isso é um contrato entre uma empresa privada e as autoridades da Venezuela, o que fiz foi estimular, contribuir para que esse contrato se pudesse realizar", argumentou o ministro.
JLS/RCS. Lusa/Fim»
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Bonita, esta associação de aldrabões. Para eles, claro, não para nós...