PINHO EM CRÍTICA CÍNICA A MFL
Manuel Pinho tem tanta moral para falar da resistência da economia portuguesa à Crise como Bush para falar de pacifismo. Pertencendo a um Governo Fantasista, Espectaculoso, Manipulatório de tudo o que há para manipular, esconder, camuflar, quem é Pinho para classificar de 'discurso da tanga' os enunciados de MFL?! O Discurso da Treta do Governo que esboroa a sua própria fiabilidade, a confiança que deveria merecer e a credibilidade obrigatória feita de Verdade, esse discurso, sim, lesa as energias de resistência de um povo o mais pobre e desigual da Europa, convém não esquecer. O protagonista do miserabilismo salarial português na China, e a China é o Estrangeiro, o salvador da Qimonda, o grande especialista das Linhas de Crédito às empresas de que não se ouve falar, que não se verificam e quando muito afectam positivamente somente que reúnam critérios políticos, deveria ter tento na língua quando sai a terreiro para molestar MFL, como se não tivesse mais que fazer que entrar em disputas, imputações de pequena política leviana e digladiar-se politicamente com todos os que criticam a Obscuridade Anunciativa de este Governo. Na verdade, não sei quem é que está a resistir em Portugal. Eu não resisto. Muitos sucumbem. O emprego precário e mal-remunerado é a grande anedota nacional quando se fala em resistência. As lojas estão vazias, não resistem. Nos minimercados locais, stocks inteiros de iogurte, fruta, peixe, carne, superam o prazo de vigência e vão para o lixo em quantidades dolorosas, esmagadoras. Não se vende um frasco. Por isso, nem compreendo como pode Pinho vender a ideia de que a nossa resistência e superação da Crise é superior à dos nossos congéneres europeus. Quem acredita em petas dessas?! Nem percebo para que defende o Ministro das Finanças o mega-investimento público num país pobre com estradas e infraestruturas dos mais ricos, com mais carros de luxo por habitante que a França, infraestruturas de luxo ante uma população esmifrada e esmagada de miséria, endividada, cujo Governo, seus ministros e suas clientelas em sinecuras de Regime, circulam e gastam à fartazana, não se poupando a luxos, investindo Zero em Emprego, minando a harmonia social, semeando o Caos e a Violência do Futuro. Façam o Aeroporto. Adiem o TGV. Não inventem estradas caríssimas redundantes. E não digam que com esta fome, esta falta, este desemprego, estes subsídios de desemprego miseráveis, fraccionados, cortados, que acabrunham e não promovem famílias nem pessoas, nós conseguimos resisitir. O sistema social português não é o espanhol. E mentir é a pior política: «O ministro da Economia acusou hoje a presidente do PSD de protagonizar o "discurso da tanga", ao criticar Portugal perante empresários estrangeiros, numa altura em que o País "está a resistir à crise" económica internacional."Não tem [Manuela Ferreira Leite] a mínima noção que não lhe fica bem criticar o País à frente de empresários estrangeiros, sobretudo numa altura em que Portugal está a resistir à crise internacional", afirmou Manuel Pinho à agência Lusa.»
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A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia...
O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias, que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos se destinam è exportação para o ocidente, se o ocidente for perdendo poder de compra, a crise acaba por tocar também as novas potências, porém, a crise nesses países será apenas um menor crescimento económico. Há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, mas a isso não se poderá chamar de “crise”. O ocidente está condenado a um crescimento económico negativo (regressão económica).
Ao aderiram ao desafio da "globalização selvagem", os países da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como?) e não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: criar regras laborais, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não, o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem essas condições, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” de que sairá sempre a perder. A única solução será a de nivelar os salários e as condições sociais dos países orientais e é a isso que estamos a assistir neste momento. Acresce que esses países nem sequer estão comprometidos com a defesa do ambiente e as suas tecnologias são mais baratas mas altamente poluentes. Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte”. Assim, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou para a Índia para assegurar a sua própria sobrevivência, o que provocará o definhar da economia ocidental. Quanto aos trabalhadores, será que depois do razoável nível social que atingiram vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. A Segurança Social não poderá em breve suportar o esforço para minimizar os problemas que irão crescer sempre: a época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Regressaremos a uma nova “Idade Média”, se é que poderei chamar assim: A classe média desaparecerá e existirão uns (poucos) muito ricos, alguns à custa do crime violento e/ou económico, que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções, e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
Infelizmente, os dois maiores partidos portugueses (PS e PSD) estão amplamente comprometidos com este tipo de políticas neo-liberais, ora aí estão os resultados e muito mais está para vir...
Zé da Burra o Alentejano
Haverá mais ricos e corruptos rendidos à Máfia que os comunistas da URSS?