BdP, NEM AUMENTOS NEM VERGONHA

O exemplo não vem de cima. As exorbitâncias não são sustidas, muito menos em Portugal cujo povo se habituou a beijar o chão com as misérias e migalhas que lhe pagam pelas quais ou se paga medicamentos ou se come ou nenhum dos dois. Nada obstaria a que, por uma única vez, os senhores administradores do Banco de Portugal dessem o exemplo, e morigerassem os seus salários, baixando-os, pois não estamos a falar de quatro ou cinco centenas de euros, mas de milhares. Não temos economia para a continuidade de tais desfasamentos sem o risco de rupturas gravíssimas a prazo, a tal dissolução social pela corrupção política instituída e pela corrupção moral de esses sistemicamente perigosos donos e supervisores do Dinheiro: «O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) não terá aumentos salariais este ano, nem aumento relativos a 2008, recuando na decisão anterior de proceder a uma actualização salarial de 5 por cento.»