JUDENSTERN, CRACHÁ DO DESEMPREGADO


As estatísticas primeiro. O sr. Sócrates deixa muitas dedadas oleosas em muitas vidas estragadas por quatro anos de enormes pirotecnias triunfalísticas de encher. Este PS-Governo é um verdadeiro case study internacional sobre onde começa a Realidade e acaba a Ficção. Eram os púlpitos gastos da verve inútil anunciatória do sr. Sócrates por um lado e o acréscimo em onda de esse cheiro acre a falta de banho em largas massas de pobres adolescentes na periferia das cidades, nos bairros sociais, empurradas para outras saídas profissionais de velhíssima índole, que não as facilitistas e automáticas que este galheteiro do ME, torcionário e impositivo, tem inventado. A verdade é que o varrimento dos 15 mil desempregados das listas que os listam e arrolam no sistema do IEFP aconteceu. Um 'acidente' que há-de ter permitido festa e alívio entre os gestores governamentalescos dos números que lhes convêm. Como é que ainda se ousa o discurso 'porque os outros, os demais europeus, têm tido problemas mais severos que nós e estamos melhores que eles'?! Em que país luxuoso e desintegrado é que estes políticos do Fato e da Pose vivem?! É assim, com jeito e acidentes convenientes, que é sustida a longa insónia de que diz solidária vítima o Ainda-PM. O choradinho compadecido é demasiado de última hora perante quatro anos de optimismo criminosamente irrealista e indiferentista aos moradores do pó, cada vez mais portugueses. Enfim, as estatísticas primeiro. Sempre. Para o sr. Ainda-PM, a grande angústia é onde esconder estes números?! O que fazer com todos estes Judeus-Desempregados, crescendo todos os dias, apenas ali para estragar as estatísticas gloriosas de uma governação esplendorosamente providencial e optimista. Nada a fazer. Sinal e símbolo de uma governação falhada é este desemprego galopante, para além do álibi da Crise Internacional. Sinal e símbolo de uma governação falhada é a crispação social emergente e o clamor cívico que cresce e se consciencializa de que as abstenções penalizam a escolha dos males menores e dos políticos mais preparados e credíveis no plano ético. Sinal e símbolo de uma governação falhada é a profunda desigualdade cavada na sociedade portuguesa entre pobres e ricos, uma vergonha num povo outrora caloroso e com exemplar sentido de partilha e de interajuda. Sinal e símbolo de uma governação falhada é esta fome que sentimos perante o desleixo indiferente com que as nossas elites [grunhas na sensibilidade social, glutonas na fuga aos impostos e ainda mais na dependência privilegiada dos subsídios do Estado, alarves na ausência de qualquer espécie de espírito laborioso] olham os pobres. Sinal e símbolo de uma governação falhada é o grande sentido clientelar, exclusivista e controleiro de este PS-Governo que tudo quer poder para nada de bom e coesivo saber fazer. Colem-nos um crachá e contem-nos, se vos falha um sistema oleado para não falhar. Verão que há muito superamos o meio milhão: «O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) “apagou” 15 mil desempregados do seu sistema no final do mês de Março. O organismo diz ter-se tratado de uma falha pontual e de um erro no cruzamento de dados com a Segurança Social, mas o sindicato do sector denuncia a situação como uma prática reiterada. Uma fonte interna do instituto diz que o IEFP tem vindo a anular inscrições com base na mudança de categoria de desempregados para empregados em algumas horas. [...]Segundo o Sindicato Nacional dos Técnicos do Emprego, esta situação de “manipulação da contabilização de inscrição de desempregados” tem vindo a ocorrer “reiterada e sistematicamente”.»

Comments

Helena Branco said…
Querido Amigo, não quero acreditar que a corrupção atinja este nível de coisas, brincar com esta grave situação só pode ser denunciado como crime de lesa existência...Nós morremos de qualquer maneira...de fome...de solidão...mas extinguirem-nos o nome...é o mesmo que voltarmos ao nazismo aos fogos crematórios onde mais 15 mil foram apagados!!!Brada
aos céus e cheira a INFERNO!
antonio ganhão said…
Espero que o Sócrates não se dedique à escrita, será o melhor ficcionista português!

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