COM O MANIFESTO CONJUNTO

«1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas. 2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública. 3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.» Manifesto Conjunto
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De um modo insistente e cansativo, nunca contaram para a tirania ou ditadura econónómica esbulhante preconizada por este Governo as sondagens directas, presenciais dos Professores em luta contra políticas desonestas. Por enquanto, o galheteiro ministerial ainda vai brincando com os números, tentando atirar ridicularia para cima da adesão ao combate legítimo dos professores. Veremos o desenlace das próximas eleições e o modo como terão de engolir a democracia na sua plenitude, não a imposição arbitrária de medidas, de castrações, de moções unilaterais, não a perseguição a alunos manifestantes anti-Ministério ou a professores manifestantes, procurando aquilatar quem esteve e quem não esteve, não estimulando à bufaria contra quem quer que seja, mas acatando o bom senso e a verdade onde quer que estejam. Nem sindicatos nem lóbis, a verdade e o bom senso estão do lado dos professores, dos diversos movimentos e também dos sindicatos refrescados pela transparência e pela lógica autónoma dos desígnios partidários eventualmente subjacentes: «Os sindicatos afirmam que a adesão dos professores à greve nas duas primeiras aulas de hoje variou entre os zero e os 100 por cento, enquanto o ministério destaca que só nove em cada cem professores faltaram hoje ao trabalho.»

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