EPISÓDIOS SAPATEIROS DE UM CRIME

A síntese de um combate espiritual e cultural entre professores e as lógicas diabólicas de este ME, comissão liquidatária dos activos humanos na Educação, está feita, tem sido feita. Por razões de mais dinheiro nos Orçamentos de Estado, aliás completamente devorados pelas clientelas fartas e gradas do PS e do PSD, quando este lá está, este Governo planificou e conduziu malevolamente um Crime Político e Sistémico contra o Ensino Público, na verdade contra os portugueses e só à superfície da angústia e da desmoralização directamente contra os professores. Gato por Lebre é a sua insígnia. Espoliar os pequenos e mais pobres, eis o rasto das suas pégadas. Um ponto da situação mostraria que a classe docente está neste momento animicamente exangue. Assim como eleitoralmente é notório que o PS treme com o que vê e com o que sabe ser o sentimento geral da população para consigo, basta ver a falta de empatias exemplificada por uma Edite Estrela, um Vitalino, na rua como peixes fora de água: por muitos velhinhos e desempregados que o PS meta em autocarros, a vinte e cinco euros por cabeça, para flanar bandeiras, aplaudir, comportados e bem sentados a escutar atentamente, nas salas onde piranhescamente o Cabeça e Candidato Vital cuspilha insultos aos adversários, as derrotas que se avizinham para o PS serão históricas. A tirania nas políticas. O autocratismo nos comportamentos do mono-líder, uma imagem milimétrica feita de sorriso, mangas arregaçadas e escárnio pelo que não seja PS. O absolutismo como deriva deixaram um ferrete odioso ao PS propriedade de um homem perigosíssimo para o que ainda resta da democracia portuguesa em manifesto perigo. De farsa em farsa, paulatinamente, semeando a cizânia das fracturas colegiais nas escolas, fomentando a desigualdade arbitrária na Escola entre docentes, chantageando malignamente pessoas que ensinam e se doam na profissão como se o não fossem nem doassem, e não passassem de números, este Ainda-Governo desonestamente acantonou a Docência na sua divisão e nos seus clamores, minimizou os impactos dos seus protestos, vampirou-lhe a energia e a legitimidade para contestar a pseudo-avaliação que politiza os desempenhos e abre, com o expediente orçamentalesco das quotas, a porta a toda a arbitrariedade, dependência política, perseguição a indivíduos. Ninguém melhor para conduzir esse assédio e desmantelamento anímico, a essa compressão brutal, a essa burocratização canina que a 'socióloga' instantânea mais cara de pau em trinta e cinco anos de experiências democráticas e educativas. Maria de Lurdes, tal como os dois restantes membros do Galheteiro Ministerial, o mau-virguleiro Valter e o Kapo Pedreira, aplicaram sapateirescamente uma execranda política à imagem e semelhança da probidade e honestíssima biografia do sr. Sócrates. Falsificar está instituído no País do Magalhães. Quanto mais Falso, melhor. Quanto mais Medo e Inautêntico, mais vitórias do Governo PS e cantares de glória no Ministro ASS e nos demais. Na verdade, o Crime Político existe. A desonestidade pode não ser apenas individual e relativa aos dinheiros que se aprendeu a abarbatar à pala do Estado e do Status Político. Desonestidade pode ter um nome e chamar-se simplesmente 'Política' ou 'Governo'. Em trinta e cinco anos intituitivamente o povo português sempre resistiu a atribuir ao perigoso partido socialista uma maioria absoluta. Fica demonstrado à saciedade por que ordem de motivos: «Nos últimos dias, Eduarda Luz, professora da Escola Secundária Eça de Queiroz, voltou a gastar uma parte importante do seu tempo a tentar mobilizar os colegas para a manifestação de hoje em Lisboa, a terceira nacional contra o novo Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação de desempenho dele decorrente, e onde Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores, espera que venham a participar cerca de 50 mil.»

Comments

alf said…
Cada um fala da experiência que tem. A minha é que este país está cheio de gente incompetente por todo o lado e que não quer minimamente esforçar-se por merecer o ordenado que recebe. Muita desta gente formou-se na confusão que se seguiu ao 25 de Abril e depois nos milhentos cursos fantasmas que abriram por todo o lado. Muitos foram para professores, a principal razão sendo a de que em mais lado nenhum teriam emprego. Mas muitos são médicos, juízes, deputados, procuradores, etc.

São muitos mas, felizmente, são uma minoria - uns 10%. Acontece que os outros 90% estão fartos desta minoria que nada faz e só reclama e se queixa.

Pode ser que a manifestação de hoje ainda tenha muita gente. Mas será certamente a última. Porque esses professores que não interessam nem a alunos nem a colegas nem a contribuintes têm os dias contados na profissão. Conheço alguns que conseguiram chegar quase ao topo da carreira e nunca soube que tivessem dado um aula nos últimos 10 ou 15 anos; e ainda reclamam porque outros colegas já estão no topo e eles ainda não.

Talvez o povo português pense agora que só finalmente, quando atribuíu ao «perigoso partido» a maioria absoluta, as coisas começaram a endireitar-se... só ao fim de 30 anos!!!

E olhe que eu não sou PS; nem de nenhum clube de futebol, nem de nenhuma religião, nem de nenhuma maçonaria. Sou Português e quero o melhor para o país, não faço eco das pessoas que andam a defender interesses pessoais ilegítimos. Não é o seu caso, mas é o caso de muitas pessoas que conheço e usam a mesma argumentação que o Joshua.

O seu tipo de argumentação não passa da típica «mentira conveniente» que muito se usa em política. Serve os interesses dos maus professores, a quem não interessa nada esta ministra, dando-lhes uma base «moral» para defenderem os seus interesses ilegítimos. E não é inocente a argumentação, quem a usa sabe bem que aqui nos professores, mais do que em qq outra classe, pode ir buscar montes de gente para arrebanhar para o seu combate político. E pode porque, mais do que em qq outra classe, entre os professores há muito mais gente incompetente a quem uma «meritocracia» não interessa de todo.

Desculpe lá a rudeza do meu comentário, mas a verdade é que o seu post também faz a defesa das suas ideias nos termos mais duros que conseguiu, não é verdade? Não acho mal nenhum nisso, apenas penso que deve ser contestado nos mesmos termos por quem não partilha da mesma visão das coisas. Porque é da discussão que pode nascer a Luz, não do diálogo com o umbigo.

Se uma pessoa se cala, até parece que é parvo, que não percebe a manipulação, não é verdade?

E como o amigo Joshua sabe bem defender as suas ideias, não preciso de estar com pruridos de prima dona.

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