PSD, PURGAS E CAÇA ÀS BRUXAS



Sou formal e explicitamente contra a qualquer espécie de punição sobre militantes que não foram seguidistas quanto às escolhas para estas Autárquicas 2013. Rui Rio pode ter muitos defeitos, inclusive a falta de agilidade e visão integrada para potenciar os milhões de turistas que a Ryanair deposita no Porto, mês após mês, mas jamais deverá ser sancionado, irradiado, punido pelas posições que assumiu. Nem ele, nem Pacheco Pereira, nem Capucho, nem ninguém. Ninguém de valor, no PSD, se é que o PSD merece regenerar-se, aprender e progredir, pode ser punido apenas por conceber um PSD diferente deste apascentado por Passos, por discordar frontalmente desta liderança e criticá-la, pondo em causa o chamado PSD Sistémico. Criticar é ajudar. Dou graças a Deus pelos que me criticam, mesmo quando se apressam nos seus julgamentos aos meus posts. Com isso, tal como com a indiferença, só me impulsionam para diante. Pessoalmente, nem sempre gosto de Pacheco, nem sempre suporto Rio, mas estou muito longe de deixar de reconhecer a um e a outro, por exemplo, qualidades úteis ao PSD, necessárias ao País, bem como ideias incómodas sempre urgentes ao debate de ideias. Há muitos caminhos para se alcançar um País mais arejado de vícios políticos e mais regenerado de hábitos caducos. Goste-se ou não, quer Rio, quer Pacheco têm ajudado a essa missa. Já de Capucho tenho dificuldade em vislumbrar algo mais fecundo que um mero ressabiamento prebendista, ou não tivesse falhado clamorosamente o seu tirocínio à presidência do Parlamento. Ele e o Criador lá saberão.

Comments

A. João Soares said…
Partilho a sua análise muito sensata aos militantes referidos. Ninguém é isento de erros e não é honesto dizer-se que se aprecia todas as palavras e atitudes de uma pessoa, mas como bem sublinha estes têm contribuído com muitas críticas e sugestões para melhorar a governação e com ela a imagem do partido e, principalmente, do País. É pena que os governantes sejam doentiamente teimosos e não analisem as críticas e sugestões de outros, e do povo em geral,

Abraço
João
Daniel santos said…
"Punição de militantes que não foram seguidistas."

Um militante está sujeito não ao espartilho do partido, mas a um conjunto de regras. Assim, a meu ver, não me parece lógico que alguém filiado num partido politico concorra ou trabalhe contra ele.

Se estamos em algo e não concordamos, no caso com as orientações partidárias, temos dentro de um partido democrático órgãos próprios abertos a discussão e construção de consensos.

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