VAMOS ENFORCAR MUSSOLINI NO ROSSIO

O que vem saindo aos bochechos acerca do Orçamento do Estado para 2014, mediante cirúrgicas fugas de informação, com vista a queimar ora o Primeiro-Ministro Portas ora o Primeiro-Ministro Passos, configura o estado absolutamente infernal em que a duplicidade do Governo português se move: a cooperação da coligação é a da ordem da lei de Talião, olho por olho, mentira por mentira. Se Passos era o saco de todos os apodos, o balde de insultos, escarros e vitupérios é agora dividido com Portas, cada facção apostada em fazer encher o recipiente da outra. O Novo Ciclo de finais de Julho, na sua morbilidade murcha, foi um nado morto. E agora a austeridade regressa em força, coisa outonal-invernosa. Antes das autárquicas, o discurso com o verbo cortar foi cortado para regressar agora com toda a força do choque e do terror porque noveamente em cima de sectores sociais já sobejamente comprimidos, sofridos e batidos. Não é à toa que os triplicemente esmagados funcionários públicos se deixam seduzir pela revolucionarite ou pelas lições velhas da velha ideologia que justamente denuncia estarem os criminosos da banca, após o saque às nações, a salvo, inteiramente a salvo, ao passo que os mais vulneráveis pagam com extremo empobrecimento esses desmandos e colapsos de que não foram, nem por sombras, culpados. 

Afinal, depois da austeridade imposta de 2011-2013, o Governo, sob a vista especiosa da Troyka, não admite senão mais austeridade e compressão social de modo a atingir a austeridade perfeita, modelar, fabricando um exemplo de reajustamento a toda a brida num só País da União Europeia. Cortar nos orçamentos do Estado deveria significar libertação de recursos para a promoção do crescimento, mas é provável que mais este aperto deprima a procura e faça regredir o consumo, logo agora que a rã em cozedura branda nacional aprendera a saltar com duas patas, cortadas as outras duas. Não se vêem os Partidos da Oposição preocupados com a reforma do Estado, capazes de sugestões construtivas para a racionalização dos gastos públicos a fim de que algumas medidas muito dolorosas, mas de efeito mais imediato, fossem evitadas. Assim, a austeridade de 2014 promete introduzir nova entropia na criação de riqueza e no consumo, ainda que 2013 se tenha revelado uma agradável surpresa sob o Enorme Aumento de Impostos. Afinal, não se verificou uma quebra tão generalizada no consumo e essa quebra não imobilizou tanto a economia, conforme se previa. Mas não se verifica que a brutal austeridade de 2013 tenha travado mais pobres na classe média ou tributado com mais eficácia os mais ricos. 

O que vem saindo aos bochechos acerca do Orçamento do Estado para 2014, mediante cirúrgicas e venenosas fugas de informação governamentais com vista a queimar ora o Primeiro-Ministro Portas ora o Primeiro-Ministro Passos, configura o estado absolutamente infernal em que a duplicidade do actual Governo português se move: a cooperação na coligação e a paz no seio dos actuais incumbentes é exercida segundo a lei de Talião, olho por olho, mentira por mentira, e o princípio da vingança servida a ferver e congelada. Se Passos era o saco de todos os apodos e o balde de todos os insultos, escarros e vitupérios, sucedendo a Sócrates como o mais odiado de Portugal, esse ónus é agora dividido com Portas, cada facção apostada em fazer encher o recipiente odioso da outra. O Novo Ciclo de finais de Julho, na sua morbilidade murcha, fora um nado morto. E agora a austeridade regressa em força, síndrome outonal-invernosa. Antes das autárquicas, o discurso avulso governamental com o verbo cortar foi cortado para regressar agora com toda a força do choque e do terror porque novamente em cima de sectores sociais já sobejamente comprimidos, sofridos e batidos. Não é à toa que os triplicemente esmagados funcionários públicos se deixam seduzir pela Revolucionarite Perpétua do PCP ou pelas lições velhas da velha ideologia marxista que justamente denuncia os criminosos da banca impunes e imunes após o saque às nações. É bem verdade que os governos os colocam a salvo de quaisquer retaliações, nos Estados Unidos e na Europa, ao passo que os mais vulneráveis pagam com extremo empobrecimento desmandos e colapsos de que não foram, nem por sombras, culpados. Depois de terem vivido acima das suas possibilidades e tudo ter estourado, a Banca Mundial e o Poder Político Europeu obrigam a maioria dos portugueses, irlandeses e gregos a viver muitas vezes abaixo da sobrevivencialidade. Afinal, depois da austeridade imposta de 2011-2013, o Governo, sob a vista especiosa desta Troyka, não admite senão mais austeridade e compressão social como princípio activo de depuração do Sistema Bancário de modo a atingir a austeridade perfeita, modelar, fabricando um exemplo de reajustamento a toda a brida num só País da União Europeia. Cortar nos orçamentos do Estado deveria significar libertação de recursos para a promoção do crescimento, mas é provável que mais este aperto deprima a procura e faça regredir o consumo, logo agora que a rã em cozedura branda nacional aprendera a saltar com duas patas, cortadas as outras duas. Não se vêem os Partidos da Oposição preocupados com a reforma do Estado, capazes de sugestões construtivas para a racionalização dos gastos públicos a fim de que algumas medidas muito dolorosas, mas de efeito mais imediato, fossem evitadas. Assim, a austeridade de 2014 promete introduzir nova entropia na criação de riqueza e no consumo, ainda que 2013 se tenha revelado uma agradável surpresa sob o Enorme Aumento de Impostos. Afinal, não se verificou uma quebra tão generalizada no consumo e essa quebra não imobilizou tanto a economia, conforme se previa. Mas não se verifica que a brutal austeridade de 2013 tenha travado mais pobres na classe média ou tributado com mais eficácia os mais ricos. É aqui que Passos se torna um símbolo particularmente odioso e passível de concentrar contra si a tal Revolucionarite Histérica nada conveniente aos desígnios herméticos da Troyka e à sua agenda, cuja prioridade absoluta é limitar o risco bancário, robustecer a cadeia financeira, pressionando só por último os regimes de privilégio e de renda dos interesses que subjazem afinal a esta crise. Ora, tomar os pensionistas e funcionários públicos como sacos de toda a pancada do reajustamento português, esmagar os rendimentos com que centenas de milhares contam para fazer face a compromissos que nunca diminuem, necessitaria que outros sectores fizessem a sua parte: se o Governo está a exigir a Lua ao funcionariado público tem de se mostrar exemplar, despojando-se de todos os symbolos e sinais sumptuários que os separam de nós. Um Governo e uma Alta Administração Pública com os mesmos hábitos, os mesmos gastos, a mesma folga insulta o povo de empobrecidos e esmagados que têm sido segregado pelo Ajustamento. Também não se pode ignorar nem deixar sem punição e perseguição os verdadeiros responsáveis pela crise da dívida. Passos ainda não fez nada nem mostrou nada que prove estarem o sistema bancário e os interesses privados que cresceram à sombra do Estado no mesmo plano de sacrifícios e privações que os demais habituais. Os políticos incompetentes e corruptos continuam à solta a comentar nas TV e a dar entrevistas mostrando um escândalo rafeiro com as medidas Troyka-Governo, sendo igualmente pesados responsáveis pela crise da nossa dívida soberana. Passos nunca se pronunciou em nosso nome contra as fortunas escondidas em offshores bem protegidas da tributação, ganhas pessoalmente por poucos à custa do que todos perdemos pessoalmente e em massa. Há limites na não explicação e na não assunção de uma só palavra em nome dos desprotegidos, anunciando cortes generalizados nos rendimentos com uma bitola cega, rendimentos com que uma família se habituou a contar, salvo nos casos de gritante acumulação, sem nada de reequilibrante do lado que nunca perde. As fugas de informação do Governo têm sido como uma frequência em microondas a torrar o cérebro do adversário e a aterrorizar as nossas expectativas. Um corte das pensões de sobrevivência mal explicado bem como o aumento da taxa de audiovisual, sem um valor clarificado, mói e macera a psique colectiva de uma Nação de Pensionistas e Funcionários Públicos no seu Limite. E o que não fará uma Nação de Funcionários Públicos e Pensionistas no seu Limite? Uma loucura qualquer. Conviria que o Dueto Portas-Passos metesse na cabeça e no seu discurso que centenas de milhar de idosos acolhem e tutelam hoje, nas suas casas, filhos, netos e bisnetos. Provavelmente, não serão eles a ir pessoalmente ao Palácio de São Bento linchar o Mussolini insensível e impante de serviço, mas nas palavras vergastadas da rua e na implacabilidade à bruta das redes sociais grassa há muito um apetite por revolução porque o Governo, tal como nenhum no passado, interpreta real e verdadeiramente a vontade do Povo, enganando-o de todas as maneiras concebíveis e aturáveis. Por um lado compreendemos os limites e a dureza da negociação com a Troyka que transformou Portas num gatinho e Pires de Lima num Desaparecido Inerte e Inútil [que saudades de Álvaro Santos Pereira!]. Por outro, os limites da brandura dos portugueses pode desandar em qualquer coisa de horrível, o Horrível Agudo, numa completa e generalizada perda de paciência. Reformados e funcionários públicos, os grandes alvos da grosa empobrecedora da Troyka vêem-se encurralados e poderão ser levados a uma espécie de Shutdown passando à chantagem legítima sobre Troyka e sobre o Governo, podendo eclodir a rebelião ao menor pretexto. As massas exaustas podem ir mais longe e desencafuar Mussolini ao Palácio de São Bento para o linchar, enforcar. Se Passos ou Portas não pensam nisto porque não querem nem podem, os CEO da EDP, da Chine Three Gorges, da PT e outros sectores protegidos e altamente lucrativos deveriam pensar nisto. Não há loucura suficientemente saciada em quem nada tem a perder. Passos Coelho e Paulo Portas deveriam ter esta imagem bem presente, enquanto se entretêm na compita sobre quem fica pior e faz pelo outro ficar pior na fotografia; enquanto se entretêm no jogo «Quem descoordena mais perfeitamente a mensagem política e quem assassina com maior competência qualquer coisa de bom aproveitável neste Governo a bem de Portugal». Já deveria ser tempo para que o Sonso Passos Viperino e o Escorpião Portas Traiçoeiro se deixassem de mariquices e de merdas e viessem explicar por que raio preferem instilar angústia, rebelião e estupor na Sociedade Portuguesa, em vez de acertarem agulhas e mostrarem coragem para nos dar a Verdade, só a Verdade e nada mais que a Verdade.

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