MFL COMO ANTÍTESE AO VENDILHÃO


Seria ou será triunfal e suprema ironia ver MFL derrotar Sócrates. Golpe certeiro nesta estranha superabundância de sondagens que colocam o PS sistematicamente à frente, como se o emprego (não o desemprego) e a prosperidade fossem o líquido amniótico quer de esta legislatura quer do Regime ou como se os Fumos de Merda que volitam em torno do dossiê Freeport não empestassem tudo no Regime e todos os seus torpes serventuários ávidos por Dinheiro. Isso, essa vitória seria ou será a Vitória de uma espécie de Madre Teresa de Calcutá no porte e nos argumentos fotogénicos. Seria a devastação dos Vendilhões pela força humilde e irresistível da simplicidade. Será possível vencer o Gigantismo Propagandesco no qual Sócrates investiu balúrdios como nenhum outro primeiro-ministro em Portugal, fazendo o Estado esvaído pagar em Marketing, Comunicação e Imagem o que não paga em Apoio Social aos grandes excluídos das regras cretinas do jogo pois as pessoas desempregadas não são a Banca, nem o BPN nem o BPP. Sondagens?! Anda tudo doido nessa indústria enganosa que supostamente sonda o que a angústia dos portugueses esteja pensando, logo neste fim de festim do Poder Político despudorado com o nosso mesmíssimo sangue? Vendeiro, feirante, vendilhão, pensas ter Portugal enclavinhado na tua mão? Não o terás, não! Espero sinceramente um reforço de todas as forças políticas nos próximos escrutínios e o aumento da importância dos movimentos cívicos com capacidade para influenciar a sociedade em matérias determinantes ao envolvê-la nas escolhas que faz ou tolera para que depois não se queixe. Mas seria de uma enorme ironia que ganhasse uma pequena e frágil mulher, como MFL, repleta de gaffes e imprecisões de letra prontamente agarradas por Rui Tavares e demais intelectuais presumidescos como se não houvesse mais nada que atacar. O lado tia de MFL não é dos mais fiáveis e atraentes, unha com carne do mundo onde Sócrates se embrenhou até ao empedernimento ético mais brutal e atroz, mas cresce nela um desígnio sem artificialidade, mais natural e espontâneo. Algo que pode esmagar os tiques vaidosos do Vendilhão Sorridente. Não se estranhe que venha ela a averbar todas as vitórias impressivas que afinal quase ninguém lhe augura: «Não haverá coligação pós-eleitoral com o PS. A garantia foi dada hoje mais uma vez pela presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite. “Pela simples razão que os meus princípios, os meus valores, os meus objectivos políticos, a política que eu proponho são radicalmente opostos aos do engenheiro Sócrates”, justificou.»

Comments

Excelente leitura.
Miguel Portugal said…
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Miguel Portugal said…
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Miguel Portugal said…
Parece-me, claramente, uma leitura correcta. Porém, saberão os eleitores portugueses, na sua maioria, "ler" a realidade? Estarão disponíveis para uma política de verdade?

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