RANGEL AUTOPROPÕE-SE COMO VITAL
Qualquer política governamental ao longo de estes quatro anos, por mais torcionária que fosse, por mais grotesca e brutal [na Educação], veio sendo sempre defendida por Emídio Rangel. Os podres passados, as falhas, as provas de lisura nula do seu ídolo, nada disso ofendeu a consciência ou a cidadania de Rangel. Como Câncio e como Vital, Rangel queixa-se de ter sofrido consequências de estas suas opiniões monocromáticas, pela bloga que o está a ver, com essa sua colagem total às políticas socratinescas, ao carácter autocrático e propagandesco subjacente. E ao queixar-se de que, mesmo dominando a as agendas mediáticas e controlando com pulso absolutista tudo o que mexe nos Jornais e TVs, o PS nunca geriu bem a área governativa para a comunicação social e de ter mesmo um talento para escolher os piores nomes para a gestão neste sector, nós compreendemos a mensagem de Rangel, percebemos o seu desejo de prémio e escutamos a sua autoproposta implícita. É impossível que tanta lealdade-Conde-Andeiro em Rangel fique por premiar devidamente pela situação. O prémio de uma língua de pau como a fidelíssima de Vital foi convertê-lo no Cabeça de Lista mais desastrado e sem futuro possível às Europeias. Qual será o prémio guardado pelo socratismo para atribuir à Língua de Pau Rangel, tão desajeitada e delambida, em sua servil defesa? O que tem sido esta governação senão o desfile das ovelhas mais ronhosas, ditatoriais, exclusivistas, que algumas vez se acoitaram no PS?!: «O fundador da SIC e da TSF, e autor de um dos projectos recentemente apresentados para o quinto canal de TV, pronunciou-se ainda sobre o ataque de José Sócrates ao Jornal Nacional de sexta-feira da TVI, afirmando-se do lado de José Sócrates nas suas críticas: “O primeiro-ministro deve justificar as coisas que afirma mas em relação ao Jornal Nacional de sexta-feira eu partilho totalmente da opinião do primeiro-ministro. É é tudo menos jornalismo. É um fenómeno de deturpação, de degradação do exercício jornalístico”.»
Comments