ENCABEÇAR
Deve ser uma arte, encabeçar. O que eu acho é que Pedrocas Passos Coelho já está a jogar forte na ideia de inclusividade, conceito em que se opõe a Pacheco Pereira, epígono da exclusão, da eliminação, da decapitação. Se tal conceito, "inclusividade", porém, fosse equivalente a algo de sóbrio na política e nos políticos, até seria lindo. Mas não. Basicamente consiste numa grande capacidade de contentar Deus e o Diabo, alegrar Hera e entreter Zeus. Por isso, o candidato derrotado à liderança do PSD, Paulo Rangel, terá largo futuro no Passos-Coelhismo. Convidado, já aceitou encabeçar a lista do novo presidente do partido ao Conselho Nacional social democrata. Fica-lhes bem. Outro galo canta, desde que Ferrugem Leite deixou de grasnar pacheco-pereirismos. Só não descobri ainda se podemos ficar felizes. Pressinto que não. Enquanto não vir PS e PSD com um PEC bem austero sobre si mesmos, sobre a glutonaria danosa que patrocinam há décadas, não há qualquer esperança. Nem para mim. Nem para ti, ó Portuga distraído!
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