PEC OU EM ESTADO DE SEVÍCIA

A sensação de imoralidade e de escândalo grassa na sociedade portuguesa por causa das prioridades assumidas pelo Governo sob a transigente cumplicidade da mais recente fotogénica Oposição corporizada no PSD. Começar pela proposta aos parceiros sociais da redução do subsídio de desemprego, limitando o máximo a 75% do valor líquido da remuneração de referência pode ser mais uma estocada nas famílias já depauperadas. Sem outros sinais de justiça e justeza perante quem mais folga e mais ganha na nossa sociedade, que consequências na psique nacional?! A ofensiva do poder político é, antes de mais, conceptual e verbaliza-se no preconceito estigmatizante sobre quem aufere de subsídios de desemprego. Soa muito cretino, num País de absolutíssima precariedade e nulo emprego, falar em «tornar menos atractivo viver à custa do Orçamento». Que se moralize o sistema e se combatam abusos nesse âmbito, nada contra. Mas continuam a ser sempre os mesmos a alombar com cortes e a penar as mesmas penúrias. Por que se não recua de esta tralha perdulária? Há sinais urgentes a dar de que a contenção e morigeração dos gastos é mesmo para todos. Não é isso que acontece. A gestão da frota de carros topo de gama atribuídos a titulares de cargos públicos tem sido exemplarmente obscena, para não dizer criminosa (tão longe do exemplo exagerado dado por Lech Kaczynski com a velha frota de aviões do Estado Polaco). Criminosa e obscena no Estado, nas autarquias e nas empresas públicas. O Estado pretende continuar a gastar como habitualmente, quer continuar a ignorar imoralidades entre a clientela insaciável e isso gera revolta nos cidadãos, incita à pior das greves, que é a greve de zelo, coisa que ocorre sempre que as medidas não são justas, não são abrangentes, nem inspiram confiança nem estimulam ao esforço. O PEC ainda nem sequer começou a fornicar com o português, mas o português já as sente todas lá dentro, sevícias com um rabo de porco anal-introduzido e suas cerdas-farpão. Aumento de Impostos? Castração geral? Pode conceber-se que esta gente governamentalesca estivesse a leste dos factos a pretexto dos quais agora nos agride e esmaga?!

Comments

Anonymous said…
Aquele encontro entre o pinóquio e o senhor das passos é um número burlesco!
Só podia conduzir a um resultado obsceno...

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