FAXES DO INFERNO
É evidente que o mundo conspira contra os fracos. Certos economistas prestigiados fazem fretes aos apostadores-especuladores internacionais, apontando o dedo a Portugal e a outros, fazendo com que os olhares mais vorazes e impiedosos varem o nosso País tal como outrora o Castelhano nos cobiçava esta esplanada voltada para Atlântico aprazível, à borda do qual nenhuma aspereza térmica há que se não suavize, enquanto nos abranda e embala. Mas factos são factos: dói que os juros da dívida portuguesa disparem para máximos de Março de 2001, com o “Spread” a caminho dos 250 pontos base; macera que a Bolsa nacional caia mais de 2% com cinco cotadas em mínimos de mais de um ano ou que o agravamento dos juros leve bancos a perderem, coitados, 1,2 mil milhões numa semana ou que a greve grasse pelo País, sem cheiro a brincadeira, quando comboios param quase inteiramente e autocarros garantem serviços mínimos, originando um trânsito ainda mais congestionado nos acessos a Lisboa e Porto. Finalmente, a novela comissional continua e de esta vez é Carlos Barbosa, na CIPT/TVI, a asseverar que Rui Pedro Soares não tinha “aptidões”, mas teve “padrinhos”.
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