LUSA BLACK TUESDAY
O nosso black-negrume económico acontece ou agudiza-se quando as agências de rating quiserem, infelizmente. Pode toda a gente assobiar para o lado e para o ar, enquanto ontem a Standard & Poor's procedeu ao corte do rating da dívida pública portuguesa. Subsistem, porém, ainda algumas vozes de Cassandra diante de uma indolência ignara mais ou menos geral sob o nosso célebre céu azul ferrete. Vai doer e eventualmente tirar-se-á algum bem do mal que sobre nós impende: «Mas nunca ninguém se esqueça do que foi um governo socialista.» Carlos Santos
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Quem o leu, como eu li, nos seus aúreos tempos de Blogue Simplex, onde era o mais férreo defensor do seu amo Socrático e o lê agora, no Corta-Fitas, a malhar como um doido na mesma personagem, só pode concluir uma coisa :
- Não lhe deram tacho e agora anda a ver se se governa por outro lado.
E o facto de ter apagado todos os seus posts do moribundo Simplex é a prova do que aqui afirmo.
Não o conheço, e não me conhece. Se ler o meu primeiro post no corta-fitas ou o último de ontem verá que em ambos assumo o apoio que dei. Se me seguir no facebook verá que nunca o neguei a ninguém. Mas repare, no meu último post de ontem eu termino a dizer que coerente é quem acha que está certo mas vê uma parede e se desvia. Infelizmente, há quem ache que coerente é quem continua até esbarrar contra a parede para dizer que manteve o rumo.
Eu percebi quem era o indivíduo que tinha apoiado e a sua clique. Tenho vergonha de o ter feito e escrevo-o quantas vezes for preciso. Denunciei Abrantes e amigos e só não denunciei mais porque a imprensa teve medo. Dei a cara. Você prefere julgar os meus padrões morais e achar que não tive um tacho. Mande-me um mail para csantos@porto.ucp.pt e eu reencaminho as provas dos tachos que me ofereceram quando o governo foi formado.
Aí talvez perceba que nem todos andamos nisto por "tachos".
Bem haja, e que Deus esteja consigo.
Carlos Santos
Abraço do Zé
efectivamente não nos conhecemos, o que me levou a avaliá-lo, não no que aos seus padrões morais diz respeito (não verá seguramente qualquer alusão directa nas minhas palavras a esses parâmetros), mas sim ao quanto seu comportamento Bloguista, digamos assim.
Deixe no entanto que lhe diga que me revejo na sua descrição de coerência, porque eu próprio, nem sempre fui o homem de esquerda que que sou hoje, e acima de tudo sensibilizou-me a forma como aqui se explicou, quanto à sua mudança de atitude e como reconheceu o seu erro. Isso para mim tem um valor inestimável, e é, presumivelmente, demonstrativo de um carácter positivo.
Se as minhas palavras o ofenderam ficam desde já aqui as minhas desculpas, e o reconhecimento de que também eu não terei estado ao meu nível ao julgá-lo de forma tão, digamos assim, leviana.