JOÃO BILHIM E O PRACE
É uma pena que João Bilhim, o estratego de um PRACE que «não foi suficientemente longe» (de certeza que não estamos a pensar no mesmo "longe"), não coloque em xeque toda a questão da nomeação política no funcionalismo público e a incompetência e despesa crassas daí decorrentes. O perpétuo "começar de novo", mudado o Governo, nas altas esferas do funcionalismo público, devido às nomeações políticas deveria pura e simplesmente acabar. Se os Organismos-tacho e Observatórios-tacho, todos redundantes, há muito por extinguir são mais que muitos, por que motivo Henrique Neto e Mira Amaral o declaram desde logo e João Bilhim apenas se queixa da falta de coragem do Governo Sócrates em levar o PRACE às suas últimas e mais violentas consequências sobre pessoas irreconvertíveis, sobretudo com a criação da GERAP?! Lançando em frente a ideia do que Passos Coelho possa fazer de mais ousado, João Bilhim acha que «o que pode perturbar o discurso é assumir uma posição "naif" e discutir as funções do Estado como se partíssemos do zero. Na área da educação, cultura, economia, ensino superior, nas diversas áreas de intervenção do Estado há um historial. Muitas vezes o que vai distinguir um Pedro Passos Coelho de um José Sócrates é a sua capacidade de implementação. Não é o quê, mas o como. Os partidos de centro-direita estão muito próximos, o que os pode distinguir é a sua capacidade de implementação.» A guerra que Sócrates moveu imperialisticamente a quase todos os sectores foi só para irritar e armar ao "determinado". Passos Coelho não perderá tempo a provocar os nervos dos funcionários públicos. Já está de gadanho em punho. Ou de foice.
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