CGTP — SÓ POSSÍVEL NUM PAÍS SUBDESENVOLVIDO

«Aproveito a sua etiqueta "euromilhões, ilusões para as massas, lógica internacional de casino,..., tirania dos megacomputadores" para aqui verter observação minha do insólito doméstico: vejo fugidiamente no noticiário das 13.00 da Sic-N  a findar  mais uma daquelas preciosas peças que nos deixam a todos lacrimejantes, além de muito mais esclarecidos. Rezava a coisa que "Vitalina de Almeida, com 97 anos, frequentava as "Novas Oportunidades" ao mesmo tempo que "estava inscrita na Universidade Sénior". A quase-secular-criatura, uma velhinha rija mas microscópica e corcovada, usava então um 'portátil' com um teclado de amblíope e ia dizendo coisas úteis à jornalista enquanto enchia uma chaleira para o chá. As nossas TêVês, o nosso 'país', a nossa logicazinha menor de relatar e dar importância a toda e qualquer banalidade de pantufas, é um dos principais entraves à emancipação das mentalidades e à valorização do essencial, em justo detrimento do acessório. Exemplos grandes e bons, nem pensar; notícias reais e telejornais de dimensão adequada, nunca. O que se pretende e prevalece é ainda e sempre "o homem que mordeu o cão", a entrevista ao telejornal "em roupão ou fato-de-treino", a "Dª Vitalina que tem 97 anos e anda nas novas oportunidades", etc, etc. Para Vitalina, para o Orçamento de Estado e para os Contribuintes  infelizmente  tudo se resolverá, sem préstimo algum, dentro de poucos anos se a natureza prosseguir normalmente o seu curso. Vitalina viverá mais algum tempo, um dia terá um problema respiratório, circulatório, cardíaco, cerebral ou neurológico; o declínio nestas idades  uma vez começado o processo  é rápido e tudo começa a falhar. A pobre senhora cairá de cama ou falecerá. O País, a Economia, as Empresas não poderão beneficiar do importantíssimo contributo de Vitalina  e o zeloso esforço de sócrates para qualificar as massas será desperdiçado. Poder-se-á dizer candidamente que a par da pesada crise que nos esmaga todos os dias "ainda há espaço para estas pequenas coisas, sinal de normalidade". Considero justamente que não: estas "pequenas coisas" feitas notícia e 'eco' nas TêVês, assim como a falta de crivo e critério nas "novas oportunidades", são justamente uma das provas da nossa crescente alienação colectiva, e do nosso galope imparável para a decadência. Isso e a existência de uma coisa chamada "CGTP-Intersindical-PCP", só possível um país subdesenvolvido.» Besta Imunda

Comments

Tripalio said…
Então o país é subdesenvolvido? porquê? Por causa de quê? Ah já sei o PCP teve no poder há 35 anos , e esteve a mandar todo este tempo não foi? Ou foi o PS e PSD com maiorias absolutas que governaram e levaram o país a este estado de miséria? quem vendeu ilusões de que sem pesca, agricultura e só com serviços e turismo é que isto ia para a frente? sinal de subdesenvolvimento são as percentagens de votos que ps e psd atingem...
Anonymous said…
O Marxismo (filosofia 'desmentida' e tornada obsoleta ainda em vida do próprio autor), o Comunismo, o 'sindicalismo-unificado' (do tipo sindicato único na URSS para desfilar apenas ordeiramente no 1º de Maio em frente aos velhos bonzos do Soviete-Supremo) são como os parasitas na carne de porco: desenvolvem-se onde existem condições favoráveis. E, como é evidente, não pretendem que as coisas melhorem senão a sua razão de existir, o seu parasitismo findam. O nosso maior subdesenvolvimento foi ter a InterSindical a intimidar e a 'mandar' tempo demais nos governos que cediam sempre - mesmo, ou principalmente, nos 'de direita' (o que é afinal um governo de direita, visto que desde 1975 até agora não tivemos um único desses governos?). Cavaco Silva e o desmantelamento voluntário das pescas, e a agonia da agricultura, são a outra face da moeda - a par da CP com o seus maquinistas sindicalizados na 'Inter' que auferem "subsídio de maquinismo". Para se encontrar semelhante bandidaria chula do Orçamento, só mesmo escavando o "subsídio mensal para a compra de livros" no Banco de Portugal.

Ass.: Besta Imunda

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