UMA COISA NÃO TEM NADA A VER COM A OUTRA
Isto de passar a não haver problemas com vistos e trabalhadores portugueses, ao chegarem a Luanda; isto de não haver represálias do Regime Angolano sobre pessoas que nada têm a ver com jornalistas gloriosos e beatíficos; isto de não haver melindres nem cenas forçadas entre um Regime e cidadãos que vão trabalhar para lá; isto de não ter o justo calado de pagar pelo inocente palrador e o certo pelo errado; isto de os cidadãos que emigram não terem de sofrer o ónus da má consciência do Estado e da péssima gestão dos políticos, é muito simples: basta ao Rosa escrever mais uma crónica acintosa contra o Regime Angolano que paga a milhares de portugueses a vida que levam por lá e tudo deslizará lubrificado com a sua moral superior, a célebre moral do Rosa, o imensamente compadecido Rosa, o Rosa por vezes em Paris, cidade onde cheira sempre ao mesmo tosco conspirativo. Certo é que os 19 portugueses, que à chegada ao aeroporto de Luanda foram encerrados à chave numa sala, onde coincidentemente foram acusados de terem vistos falsos, poderiam ter sido poupados. Devem, aliás, ter certamente pensado: «Mas por que é que o caralho do Rosa não ficou calado? Há-de pensar que estas viagens são grátis?!»
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Angola não é uma ditadura sinistra nem de ontem, nem de hoje: é uma ditadura sinistra, comunista, marxista e venal desde 11 de Novembro de 1975; e contou com numerosíssimos 'criadores' e 'apoiantes' "desinteressados" desde a primeira hora do anti-fascismo selvático do pós-25 de Abril em Portugal: os nomes são conhecidíssimos e não vale a pena recordar. Para os paladinos da Liberdade e súbitos defensores da Democracia, do Povo angolano e da dignidade de Portugal, está-me cá a parecer que o seu mal é algum complexo de superioridade, agora muito ferido: uma espécie de racismo ao retardador, um acordar picados no seu amor-próprio de "conhecedores da verdade". Pois habituem-se.
Ass.: Besta Imunda