MODA DAS PETIÇÕES SELECTIVAS, NOJO DE 'PETIR'

«Ainda a propósito de Cavaco e das suas malfadadas declarações, considero com algum desalento a petição on-line de Nuno Marreiros. 'Petir', nesta sociedade de constantes indignados, parece ter-se transformado numa moda. Julgo que a única petição que nos tempos recentes fez sentido foi aquela organizada contra o "acordo" ortográfico; mas ela não surtiu qualquer efeito pois somos um país de analfabetos funcionais apenas com uma pequena minoria que sabe ler e escrever e que, pelos vistos, não se indignou em números e assinaturas significativos. Ainda ninguém  que eu saiba  'petiu' em números maciços para levar sócrates a tribunal; também ninguém 'petiu' para que ricardo-rodrigues, face à indiferença do PS, fosse demitido das suas funções; também ninguém na altura 'petiu' para que Helena André e o seu algoz-Valter-Lemos fossem demitidos por constantemente mentirem e massajarem os números do desemprego na Ar e nas TêVês; também nunca ninguém 'petiu' para que Alberto João Jardim fosse exonerado  à força  das funções que ocupa e desonra há decénios. Aquando das presidenciais, era escolher entre a tonteira esquerdista do trombeteiro-da-madrugada-Manuel-Alegre e a rigidez, a ambiguidade e a arrogância do professor de finanças Cavaco Silva: para mim a escolha foi crua mas simples. Agora não adianta 'petir' para que o homem se vá embora  pois é inútil. Manifestações chatas de desagrado, isso sim, ele merece. Resta a Cavaco estar calado, efectivamente. Todas as suas desculpas são frouxas e soam a falso. O argumento de que "não queria dizer daquela maneira o que disse" e que "era sua intenção demonstrar que também fazia sacrifícios" não cola. Cavaco teve tempo para pesar as palavras; disse "ter feito contas" (como quem amadureceu a questão ou 'premeditou'); perguntou ainda ao jornalista "não sei se ouviu bem?: 1300,00 Euros!"; acrescentou ainda irresponsavelmente que "não ia chegar para as despesas" (!)  isto tudo sem pressão mediática, sem má disposição conhecida ou sem um ambiente de hostilidade em volta. Conclusão, Cavaco é apenas aquilo que já se sabia: arrogante, ralado com os seus interesses políticos e pessoais, insensível. Para os indefectíveis defensores de Cavaco é preciso fazer notar que o que está em causa não é quanto ele ganha  pois não se deseja ou espera que ganhe pouco; mas está sim em causa a falta de elevação de Cavaco, que não é compatível com o Cargo e com o difícil momento que o País atravessa; silêncio exige-se, pois. É tudo extremamente desagradável e era desnecessário. Mas não espanta.» Besta Imunda

Comments

floribundus said…
este prec revela o que de pior existe na condição humana:
inveja
ódio
frustração
má fé
incompetência

é óptimo que os profs tenham reformas muito inferiores a 1.300 euros

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