MEGAUPLOAD E O GRUPO ANONYMOUS

Foi-nos dito que vivemos em democracia, mas a verdade mais profunda passa por um directório pardo, na sua eminência e que, no plano global, vai ditando quem vive e quem morre, já que não está para nascer um regime de partilha e bom senso entre os humanos. Quem tem, tem. Quem não tem, roubasse, assassinasse, intrujasse, pois foi indubitavelmente que muitas fortunas começaram e ainda prosperam. Só assim se entende o encerramento do site de partilha de ficheiros Megaupload, ordenado pelo FBI, e que desencadeou a maior resposta de sempre, segundo o grupo Anonymous: mais de 5600 pessoas estiveram na noite de quinta-feira para sexta envolvidos num ataque concertado a sites de entidades governamentais americanas e da indústria da música e do cinema. Um "bombardeamento" de pedidos de serviço que bloqueou sites como o do próprio FBI. É obra! Cidadãos contra poderes fátuos.

Comments

Anonymous said…
Estes sinais são todos perturbadores no Ocidente - habituado como está a afeiçoar-se rapidamente a "downloads", "uploads", "partilhas", ao "site da mula", aos iPAD's, iPOD's, etc. A Era de ir a uma discoteca ou livraria e comprar um disco ou um livro parece ter falecido de morte macaca. No meu entender conservador, nada disto é um bom prenúncio para aquilo que se designa como Cultura. Por outro lado, o rítmo galopante a que se produz e difunde informação - hoje - é quase incompatível com vagares, respeitos, intimidades, direitos: uma imagem, um texto, um estudo, um filme postos na 'net' são imediatamente 'crackados' e copiados milhões de vezes. O barulho que toda uma nova geração - e a 'velha' também - faz nas ruas do Ocidente por causa destas questões de direitos de autor e de dinheiro (é disso que se trata, afinal), contrasta violentamente com o que se passa bem perto de nós, no Norte de África. Esses, não tinham democracia; não a têm agora com os Governos Provisórios e as Juntas; também parecem não a querer depois do simulacro de eleições que se tem sucedido a estas 'primaveras': o povo simplesmente não quer democracia; nunca a percebeu, nunca a entendeu; e na Líbia, no Egípto e agora na Síria só se ouve "Allah uh Hakbar". Ou seja, democracia, 'partilha de conteúdos', 'uploads' não estão no programa das novas gerações do Mundo Árabe. Bem pode uma certa esquerda pandilha e ensopada de ilusões dizer que "os novos meios e a informação foram usados para deitar abaixo as ditaduras árabes". Ferramentas, apenas - e não nenhum milagre civilizacional; uma espingarda é uma espingarda, não interessa a marca. Já se preparam, no Cairo e em Alexandria, praias, salas, hotéis e bares segregadas por sexos - assim com a proibição do consumo de álcool seja onde for. Estamos conversados. O que para uns parece um inaceitável atentado à liberdade, para outros 150Km mais a Sul não passa de um assunto imperceptível. Em breve veremos a nossa própria Liberdade, para pensar e sentir, afectada e limitada aqui na Europa; que digo eu, já aconteceu!: o terrorismo islâmico ameaçou bombardear uma récita do "Rapto do Serralho" em Viena há cerca de 3 anos. As "elites" europeias cagaram-se de medo e, ao outro dia, ofereciam mais dinheiro ao Hamas.

Ass.: Besta Imunda

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