PEDRO ROSA FAÇA COMO EU

E escreva o que quiser por sua conta e risco. Encalacrar o Estado português, com todas as boas intenções humanitárias e filantrópicas de que o Inferno está cheio, melindrar o anfitrião, escarrar na mão angolana em posição de cooperar e estabelecer parcerias connosco, apoucar as elites angolanas, nivelando-as por baixo e sem hipótese de redenção, falar do alto da burra contra o Regime angolano [como se não tivéssemos por cá a nossa versão de velhos clientes de benesses, ganhos e mais-valias deste Regime Republicano repleto de aristocracias com décadas de oportunismo e orçamento-dependência], tudo isso pode ser muito heróico e corajoso, mas não nos põe pão na mesa nem atenua a nossa periclitante situação económico-financeira. Penso no casal de angolanos que, a dois metros de mim, numa destas tardes de Janeiro, depositava no Banco, em Gaia, oito mil dólares, e se aconselhava, num dos guichets para o efeito, a fim de comprar um apartamento. Rosa, Rosa!... Muita retórica. Infinito mediatismo. Siso nenhum.

Comments

floribundus said…
mais um que tem saudades do emigrado do 16º
e ruma para Angola
Anonymous said…
Mas não vai assinar a petição do Pedido de Demissão??
Anonymous said…
O esquecimento selectivo dá muito jeito, sobretudo na política, já ninguém se recorda do chinfrim por causa do afastamento da Manuela Moura Guedes.
Quanto aos investidores angolanos, pode ser que um dia a primavera chegue à África mais a sul, José Eduardo dos Santos & Cia. fazem-me lembrar os generais brasileiros, não conheço os hábitos alimentares dos angolanos, eles gostarão de lulas?
Por falar em alimentação, alguém pode perceber como é que o filho de um administrador da Sonangol vem estudar para Portugal, compra moradia, carro de alta cilindrada, roupas de marca e consome açúcar e farinha de pacotes onde se lê “AJUDA EU – PROGRAMA 2010, intervenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e do IFADAP, I:P – VENDA PROÍBIDA”? Só por acaso também mora em Gaia, seria ele a depositar?
joshua said…
Quem sabe?
Anonymous said…
Os filhos dos administradores da Sonangol (beneficiários de bolsas várias) são como os futebolistas que declaram o salário mínimo e como Isaltino de Morais e respectivos sobrinhos taxistas: não têm dinheiro ou contas em Portugal, os seus Ferraris são comprados pelo telefone e com 'transferências ultramarinas', a sua roupa é adquirida em Espanha (onde existe uma barraquinha para desvalidos junto ao Santiago). Para uma refeição - quando às 2ªs Feiras as manjedouras de luxo estão a desratizar e a desbaratar as cozinhas, vão à sopa-dos-pobres e às Santas Casas. As munições de 9mm-Glock são remessa nova, comprada com antecedência na Cova da Moura. Homens prevenidos.

Ass.: Besta Imunda

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