ESTE AMANTE DE SÓCRATES CONTINUA ANÓNIMO

Vive e respira apenas para — contra todas as evidências, sinais, efeitos, consequências — defender a sua dama, o seu amante, o seu Primadonna. Quem será e por que se dedica com tal denodo ao branqueamento de um trajecto maculado e abjecto?! Pagam-lhe para isso, só pode. É como se o socratismo — grunhice política por excelência — à força de ter quem insista que não, que não, [que não corrompeu as instituições do Estado, que não enriqueceu (roubando o Estado) exclusivamente os seus, que não se amigou com empresas eleitoralmente amigas naquele amiguismo inescrutinável, que não ajustou directamente para satisfazer clientelas, que não desbaratou o erário, que não hostilizou gratuitamente cidadãos e classes profissionais, que não mentiu deslavadamente no âmbito da Economia e da Justiça] ficasse provado e demonstrado clarissimamente não ter existido uma fase terminal de todo um processo devorista do PS no Estado, caminho para a bancarrota. Por isso se dedica a este tipo de litania de amante derreado e crente único: «Para além das pulhices, canalhices e filhas-da-putice que caracterizaram a estratégia dos partidos da direita contra Sócrates e quem o apoiasse, os publicistas da gente séria tinham, e continuam a ter, especial gozo em atacar tudo o que cheirasse a inovação e tecnologia.[...] O tragicamente curioso, e supinamente avacalhante, foi observar a colagem dos imbecis do PCP e do BE a esta fúria anti-científica, anti-cultural, anti-civilizadora. Para os imbecis o que mais importava, o que só importava, era ver o PS destruído, por isso alinharam em júbilo nas campanhas difamatórias, saindo logo para a rua de archotes na mão à procura dos corruptos socialistas e suas negociatas diabólicas com os capitalistas e imperialistas. O racismo ideológico do PCP e do BE serviu às mil maravilhas os propósitos da direita mais decadente que Portugal conheceu depois do 25 de Abril.» Val-de-Merda