FICAR? PARTIR? AMBOS!

Nós, portugueses, homens e mulheres jovens ou na idade-beco dos quarenta-cinquenta anos, temos afinal três opções, desempregados ou não. 1. Ficar, mesmo que numa certa penúria dourada. 2. Arriscar partir e atirar-nos aos brasis, às europas, às austrálias ou norte-américas. 3. Esperar um milagre, um desígnio nacional, uma oportunidade qualquer. Certo é que muitas vezes sonho com uma Marinha Mercante Portuguesa absolutamente revolucionária e competitiva globalmente, assente na combinação híbrida de várias fontes de energia. Se ousássemos construir cargueiros mais económicos, mais rápidos e mais seguros, radicalizando a nossa aposta, regressando a um nicho que já foi nosso, muito nosso... Mas isto é somente um sonho talvez ingénuo de mais para se tornar realidade algum dia. Trinta anos a perder o chão e o horizonte, desindustrializando, desertando covardemente dos nossos mares: «A política de incitamento à decisão de ficar é urgente, porque do contrário trata a natureza das coisas. É evidente que nenhuma soberania pode ou deve assumir o poder de impedir qualquer homem ou mulher de exercer em liberdade o direito de ir pelo mundo em busca da realização pessoal e futuro aceitável. Mas também nenhum governo pode secundarizar o dever de fortalecer a relação entre os cidadãos e a terra onde nasceram, sobretudo criando a confiança, o primeiro alicerce da decisão de ficar.» Adriano Moreira

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