HITLER, ENTRE O ACASO, A PARVOÍCE E A PASSIVIDADE

«Ler "Hitler  uma biografia", de Ian Kershaw. Mesmo que por vezes penoso. A informação é útilíssima; dá-nos uma narrativa cheia de sensações de 'déjà vu' político e económico (mesmo a escalas distintas) e explica de maneira brutal como a Alemanha se transformou em 1918-1919 num sítio infecto  cheio de revoluções, golpes de estado, assassinatos políticos, greves incendiárias, tropas de choque comunistas e imperialistas-lealistas, exércitos estaduais, regionais, federais, imperiais e ainda privados ou instrumentalizados por partidos de todas as cores (estimados em mais de 100). É espantoso como o Acaso foi determinante para que Hitler chegasse onde chegou - isso e muita parvoíce e passividade. O homem teve uma juventude de fugir: neuras, caprichos, manhas, sacrifícios auto-inflingidos, provações desnecessárias, muita frustração, preguiça e esquemas. Também se tira a evidente ilação de que a humilhação económica e financeira imposta por tratados e armistícios a nações têm limites. Havia tudo para um desastre perfeito  inclusivamente a dependência da banca alemã em relação à banca americana para as reparações de guerra; 1929 foi a 'fagulha' que faltava. A França  com manobras militares ostensivas na fronteira (1932)  não esteve isenta de culpas em todo este folclore que resultou negro.» Besta Imunda

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