JAMAIS DESANIMAR

«Deixai-me insistir em que todos leiam a Mensagem de Bento XVI, cristãos e não cristãos que sejam, pois a todos interessa tal base comum. Mas, na sequência do que vou partilhando convosco, não posso deixar de citar, ao menos, o seguinte trecho papal, interrogando primeiro e considerando depois, com grande oportunidade e realismo: “- E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é a célula originária da sociedade. […] Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mas preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. – Queria dizer aos pais para não desanimarem!” (Mensagem, nº 2). Também nós o queremos dizer certamente, amados irmãos e irmãs. Mas só o faremos de facto se nos empenharmos ao máximo para que nas nossas próprias famílias e naquelas que conhecemos, bem assim como nas nossas comunidades cristãs e vizinhanças, tudo fizermos para que cada um dos itens requeridos pelo Papa – condições de trabalho e convivência familiar, transmissão de convicções… - realmente se efectivem.» 

+ Manuel Clemente 
 Sé do Porto, 1 de Janeiro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2012

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