ONTEM, CAPADÓCIO, PINA DESOPILOU

Sob o ponto de vista político, a gestão da palavra dada e a defesa de uma imagem intocável e exemplar jazem feridas graças à questão Catroga, cujo nome, aparentemente proposto pelos chineses, poderia, em todo o caso, ser vetado pelo Governo, a fim de que conservasse uma aura de isenção absoluta. Bom pretexto para que Pina ontem desopilasse a sua hemiplegia opinadora e assestasse, certeiro, em Passos Coelho, alguém a quem os outros socratistas enrustidos insultam de falta de QI e outros mimos impróprios para  tão low profile. Quem quis, pôde ler Pina numa crónica onde implicita o pobre Passos, a palavra de Passos. Mais uma vez, o que Sócrates mereceria milhões de vezes e com infinita mais razão de Pina e não houve pena. A crónica pode ser uma arte capadócia e o cronista verdadeiramente lixado. Como sei que Pina lê blogues e manda passear as TV; como sei que lê furiosamente o meu colega do Der Terrorist, faço por que me leia mim e fique a saber, como o Júlio Dantas do Manifesto que o Almada urdiu, que eu também o leio a ele. Religiosamente. Dia após dia. Para além do que goste ou não goste: «Um político que lhe garantiu que "não quero ser eleito para dar emprego aos amigos; quero libertar o Estado e a sociedade civil dos poderes partidários" e cujos amigos aparecem, como que por milagre, com empregos de dezenas e centenas de milhares de euros na EDP, na CGD, na Águas de Portugal, nas direcções hospitalares e em tudo o que é empresa ou instituto público.» Manuel António Pina

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