PINTO MONTEIRO, PACTO, PROTECÇÃO, TAMPÃO

Ainda que Pinto Monteiro diga que «Nunca a corrupção foi tão detectada e investigada como agora», a verdade é outra: nunca a corrupção foi tão notícia e nunca a Justiça foi tão complementada ou suprida pela via sacra mediática a que suspeitos e indiciados são sujeitos, o que é imensamente diverso. Resultados? Nulos. Aliás o PGR é a imagem pífia do meter repetidamente os pés pelas mãos, da ineficácia, do insólito, da subserviência ao poder partidocrático que lhe deu o lugar que ocupa e aí o mantém. Em Portugal, a massa crítica é nula e miserável, caso contrário um homem num papel simbólico destes, gerindo a coisa  Procuradoria como se gere uma daquelas sinecuras que o Centrão sabe inventar, não permaneceria nem mais um minuto na cadeira. Viu-se como o pacto de não perturbação do Estado-PS e de não investigação fosse do que fosse que arrolasse José Sócrates foi a missão suprema e quanto moveu Pinto Monteiro perante toda a sorte de suspeitas mal resolvidas e esclarecidas dos últimos seis anos de socratismo infecto. Olhar para Pinto Monteiro é olhar para um tampão à Justiça Cega; é olhar para a protecção que o Poder Político urde atempadamente para si mesmo, a fim de poder acautelar o devorismo corrupto que tem caracterizado as governações nos últimos trinta anos perdulários. A Maçonaria ou o Partido Socialista, enquanto sociedade secreta com a sua omertà e as suas férreas lealdades, tomou providências e precauções: ter Pinto Monteiro e nada é igual. É só fazer as contas aos inquéritos.

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