REGALIAS DO BANDO DE PORTUGAL

«Pela TSF, fiquei a saber das múltiplas regalias que os funcionários do Banco de Portugal usufruem e que, num gesto de solidariedade nacional, o governador do banco se apressou a reduzir, salvando assim os subsídios de natal e férias. De entre muitos benefícios, os novecentos euros de subsídio anual para compra de livros tocou-me.» António Barreira

Comments

Anonymous said…
O Banco de Portugal, dizem eles nas televisões, "não é o Estado ou a FP porque tem autonomia financeira". Não sou perito em instituições públicas portuguesas, suas estruturas, interdependências e funcionamento. Mas por esta coisa cândida de 'autonomia financeira' posso entender que tem 'receitas próprias'. Ontem, um comentador do Diário Económico referia-se ao BdP como tendo sido uma espécie de "sindicato dos bancos"; pelo menos em tempos - pois agora estão desavindos. O mais natural é que as 'receitas próprias' do BdP sejam uma cobrança aos bancos comerciais e outras instituições de crédito. Em tempos 'isto' deve ter funcionado às mil maravilhas, pois vários bonzos pacíficos passaram na sua 'governação' sem que qualquer banco ou prestamista da praça tivesse alguma vez sido admoestado. O último e beatífico exemplo de sã convivência foi Constâncio e os respectivos antolhos de cabedal - que usou enquanto a malta do BPN incinerava dinheiro às escâncaras e Teixeira dos Santos asneava semana-sim, semana-sim. Agora que a supervisão deve ser imparcial e que a Troika nos aperta o escroto, os bancos devem considerar que eventuais verbas a entregar ao BdP sabem a uma espécie de pagamento-calabrês ou tributo-etarra. Mas com tudo isto resta saber se o BdP se aguenta apenas com estas e outras receitas; porque caso contrário também será mais um dos inúmeros receptadores de indemnizações compensatórias e 'receita fiscal' - ou seja dinheiro do Zé-papalvo. Nesse caso, a farsa da "autonomia financeira do BdP" será tão velhaca como é a autonomia das "regiões autónomas" ou a autonomia das "autarquias" - tudo belas coisas saídas da constituição marxista de 76 que pesam como chumbo no lombo do pagante. O BdP, no tempo em que Salazar lá tinha um magro depósito que esvaziou para comprar o colar à francesa, pode ter sido uma instituição recheada de gente proba. De há anos para cá, porém, parece que têm 'subsídios-isto' e 'subsídios-aquilo' tal como os maquinistas da CP têm um 'subsídio de maquinismo'.

Ass.: Besta Imunda
João Sousa said…
Eu trabalhei com uma empresa de informática que fornecia bastantes equipamentos aos funcionários do BdP, comprados com subsídios para o efeito. Só para teres uma ideia: um funcionário chegava lá, propunhamos um computador com TUDO maximizado (um gravador de dvds interno e outro externo, se fosse preciso), colocávamos uma margem extremamente generosa - e ainda sobrava dinheiro. Quando era um casal a trabalhar no BdP, levavam portáteis para os dois, para os filhos, e ainda sobrava dinheiro para comprar plasmas. iPads, foram às dúzias. Raios, até fogões chegámos a fornecer àquela gente, só para poderem gastar todo o subsídio.

Além do subsídio para informática, havia subsídios para livros, dentistas, pousadas... aquela gente praticamente só tinha que comprar a comida. E o pior é que nunca cheguei a perceber ao certo o que faziam ali - pois, com frequência, já não os conseguia apanhar depois das quatro da tarde.
Anonymous said…
Não fazia ideia dos subsídios, no entanto, pelo que deduzo o mesmo era para equipamentos informáticos, como saíram os ditos fogões e plasmas?!
É irónico, tendo em conta que quem vendeu não se preocupou em "manfiar" o sistema para fazer sair o material como informático!

Quem trabalha no Pingo doce não tem 7% de desconto na compra de bens?

Funcionários da meo não pagam 2,5€ por tv net e afins?

Entre outros.... não percebo...

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