VÍTOR GASPAR NÃO É POLÍTICO. AINDA BEM!

As lixeiras da partidocracia deram-nos políticos profissionais que jamais fizeram prova fosse do que fosse na sociedade: nem se destacaram num negócio, nem brilharam numa indústria, nem acumularam currículo reconhecido à Direita e à Esquerda. Segundo uma lógica de pura administração experiente, objectiva e sábia, Belmiro e Soares dos Santos deveriam ter tido a derradeira oportunidade de Governar Portugal e jamais gasolineiros trampolineiros rascas, rotos e reles, como Sócrates e os seus assessores e demais políticos de aviário mal paridos pelo Regime. Depois chegou Vítor Gaspar, que não é político. Está a fazer tudo aquilo de que o censuram hipocritamente precisamente os que, depois de terem assessorado Governos até ao fosso da dívida, têm o desplante da ironia e distribuem culpas com a converseta compassiva dos pobres, converseta de encher e que os preserva da memória: enterraram o País associados ao enxame de spinners do socratismo. Não. Culpados são os 'bombeiros' agora em funções. Culpa tem a Fundação Soares dos Santos, tem o António Barreto; a culpa do empobrecimento dos portugueses pertence toda aos empresários e às suas holdings deslocalizadas; culpa tem a mudança do capital para a Holanda, forma explícita e implícita de abandonar o País à sua sorte. Do mesmo modo vítimas são, por culpa de Gaspar, os pensionistas pobres sob a crueldade do aumento em 10% do IVA sobre parte do consumo, vítimas são os funcionários públicos. Vítimas de quem? De Vítor Gaspar. Isto é, de desastrosos assessores e governantes que conduziram o País à ruína, nada a dizer, nada a convocar, nada a recordar. Insista-se antes no presente e na ideia peregrina de que os portugueses mais pobres são o tubo de ensaio de um Governo de sádicos com um Ministro das Finanças ainda mais sádico. Isto é veneno puro e o recorde da lata. Porque esses energúmenos têm o desplante de conspirar contra a saída da crise e contra a colagem a Portugalo de rótulos equivalentes ao da Grécia temos de fazer guerra argumentária quotidiana a esse socratismo de papel, esse socratismo sem Sócrates. Eles envenenam os ares, empestam o ambiente nacional, postos a cuspilhar comentário. Não tomámos já doses suficientes de Lello, Zorrinho, Isabel Moreira, Vitalino, Ricardo Rodrigues?! Gaspar, paradoxalmente, resiste bem à troça e aos ataques dessa escumalha abaixo da dignidade de contendores na arena da política dada a reles politiquice de concelhia em que se viciaram. Gaspar pode até incorrer em exagero, pode até o Governo Passos exceder-se preventivamente dada a volatilidade dos ares da crise europeia. Mas sublinhe-se que Gaspar não é gueixa de Passos como o flácido Teixeira dos Santos não passava de amanuense de Sócrates. Gaspar não tem nem agenda política nem ambições do aviário político estabelecido. É um técnico. Faz o que é preciso para honrar compromissos e acordos. Fará doer. Fará sangrar. Não tem vícios de políticos. Não tem contemplações e escrúpulos de políticos. Por isso os cidadãos gostam dele na proporção em que o odeiam os socratistas instigadores de caos, dentro da velha escola comunista cunhal.

Comments

Daniel Santos said…
esse é o mal, o Vítor Gaspar ser um técnico. Um técnico só sabe de números e não de coisas que nos atingem.

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