INDISPONÍVEIS PARA O GREGÓRIO E O GREGÁRIO

Margarida Blasco, no relatório sobre a actuação da PSP no dia da última Greve Geral, a 22 de Março, divulgado hoje, veio relatar o óbvio. Toda a gente se pautou por brandura. Os manifestantes foram brandos, ainda que infiltrados por brandos provocadores. A PSP foi branda, ainda tocada de um ou outro brando zeloso com o bastão mais rápido que o pensamento [pior seria se fosse um gatilho]. A branda Greve enfim foi branda! Donde se conclui brandamente que podemos até estar nos nossos limites, cercados no curral das novas e inescapáveis misérias, como o caótico gregório, mas, na hora H de perder o controlo, [scilicet, de planear a perda de controlo], de instigar dramatismos histéricos e vandalismos a medo, sangrando nas praças e nas ruas, preferiremos mil vezes o suicídio, mesmo nas suas formas mais sublimadas de desaparecimento de cena. O que nos não faltam são capitais europeias com sopa dos pobres para pobres. Ainda que sejamos ilustres, brilhantes, aqui só poderemos ser toscos à luz das prioridades mentais medianas do Tuga. Veja-se quem chegou em números esmagadores para engordar as instituições locais da Malga Grátis de Gravanços, seja no Luxemburgo seja em nas cidades suíças. Somos um povo expertíssimo no multissecular cada qual por si. Temos os nossos romenos, mas somos os romenos dos outros. 

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