«O ASQUEROSO "NÃO TINHA CONTAS BANCÁRIAS"»

«O que o avanço tecnológico nos veio impingir para dissipar ainda mais dinheiro: telemóveis! milhares de centenas de milhares de horas de conversa fiada e pessoal — sim porque para as coisas verdadeiramente importantes, bastaria uma ridícula fracção do total telefonado. No tempo das comunicações fixas, os negros aparelhos estavam solidamente pregados a paredes ou amarrados a secretárias de quatro pernas. Para a prática das tele-maroteiras, os 'ministros' e 'deputados' tinham mesmo que se sedentarizar em instalações conhecidas; talvez até — nessas ocasiões — trabalhar um pouco. Quanto aos cartões de crédito (um empréstimo, pago aos bancos com juros) a escandaleira deve atingir os limites da ilegalidade: jantaradas, luxos, despesas licenciosamente fora das normas, cuecas de renda preta, 'stripers' (vulgo, 'putas'), bebidas alcoólicas, gasolina suficiente para movimentar uma divisão blindada, viagens, férias, aluguer de elefantes, camelos, cavalos, machos e mulas em vários continentes, passeatas de barco — 'ao largo' de Casinos. Principalmente o gosto Armani de pinto-de-sousa (é sabido ou ventilado que o asqueroso "não tinha contas bancárias"). "Como ter acesso a vestimentas decentes e passáveis nos écrans, assim como a um mínimo de comodidade, sem estes benditos cartõezinhos?"» Besta Imunda