ROTEIRO NEGRO DO RECADO INÚTIL

Retórica e falta de vergonha permitem que o Grande Litigante não se enxergue! Ele, com tempo para litigar e sem tempo para governar. Mesmo que o tivesse, gastá-lo-ia como o gastou todo: em Propaganda Pura, Intensiva, Deslavada. Há um recado que está prestes a ser enviado eleitoralmente. Esse recado pode mostrar que um País Sofredor não se deixará enganar nem esganar por mais tempo. Um Recado Negro que envolve sublinhar que não existe um discurso do bota-abaixismo se Nada existe para se 'botar-abaixo'. Pelo menos Nada que tenha valor ou mérito, lisura ou honestidade moral e política. Não existe política do recado quando nem sequer se vislumbram no Grande Litigante ouvidos que oiçam o País, que o assumam e compreendam, em vez de se refugiar na Fantasia e no Sorriso 'Positivo' apenas para a CleptOligocracia que serviu, as mega-empresas e os mega-interesses em altas Sodomias com o Estado, enquanto os pequenos são comprimidos de Fisco e de Desemprego, parte do qual gerado por pressupostos errados e erradas Políticas de corte na Administração Pública, quando o Corte do Emprego não Público era já devastador e já geral e tudo isto Estruturalmente, bem antes de se manifestar, por via da Crise Internacional, também Conjunturalmente. Não há remoque suficiente contra quem não soube em momento nenhum e em nenhuma das vezes assumir responsabilidades pelos seus actos, pelas mentiras praticadas e promulgadas, sobejas!, abundantes! Não há pessimismo mais nocivo que o irrealismo disfarçado de optimismo, o Optimismo que só por chalaça Dias Loureiro nos recomenda e diz que faz bem a Portugal. Que Optimismo? O de empurrar os problemas com a barriga? O de agir com irresponsabilidade para com as gerações futuras? O que tolerava o agravamento indesculpável da Despesa Pública enquanto a Canga do Défice nos pesava Inútil e Inconsequente? O da coacção e da perseguição das posições contrárias e das opiniões opostas? O ofensivo optimismo que persegue a Sátira e a Crítica Adversas? Qualquer crítica, difícil ou fácil, é inútil quando o Burro é teimoso e fraudulento e nunca se enxerga. Uma vez mais, a Retórica e a Língua de Pau fazem o seu show de esterco só comestível para quem quiser e é pena. O Pluralismo é um valor democrático todo o tempo, e não quando é útil para a retórica com efeitos e fins de imagem. Saber Escutar todos os quadrantes da sociedade, sem excepção, é um Valor Democrático absoluto permanente, mas inutilizado e e malbaratado em Portugal por esta insólita Legislatura determinada como um Carneiro Montês ao marrar. Está na hora de ouvir toda a gente e respeitar toda a gente, de encaixar e assimilar todas as opiniões e de fazê-lo com pureza e elevação para que nós, as gentes, o Povo, nos não exasperemos mais com a Opressão, a Falsidade, a Mentira e o Abuso praticados pelos que supostamente deveriam governar-nos, defender-nos, promover-nos, moralizar-nos e não cooperar nessa indesmentível exploração mansa dos igualmente mansos portugueses: «Primeiro, o Presidente da República não referiu o nome de José Sócrates mas fez o discurso mais duro de sempre para o Governo. Ontem, o primeiro-ministro também não pronunciou o nome de Cavaco Silva mas fez questão de deixar claro que recebeu a mensagem de Belém. Nas entrelinhas, o chefe do Executivo defendeu que “o que o país não precisa é da política do recado, do remoque, do pessimismo, do bota-abaixismo, da crítica fácil.”[...] Pelo PCP, Jerónimo de Sousa disse em Viseu que o comentário de Cavaco pecou por “tardio”, apesar de ir “ao encontro da realidade que vivemos”. “Hoje é o próprio Presidente da República a reconhecer que existe uma clivagem na sociedade portuguesa, que são os mesmos a pagar os sacrifícios, atingindo camadas médias da nossa sociedade para além dos mesmos do costume, enquanto os poderosos continuam intocáveis a não dar um cêntimo de contribuição para o desenvolvimento do país”, concluiu, citado pela Lusa.»

Comments

Psst

Parabéns pelos três anos do blogue :-)

Abraço
manuel gouveia said…
O grande litigante enviou um pequeno recado ao touro sentado: ou te cuidas, ou na próxima sais de Belém...

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