O CRIME DA OPACA OBSCURIDADE PS


Esta pergunta-exigência sobre o destino do dinheiro do Estado no ataque à Crise até poderia ser formulada pela Micas Catota. Merece de todos os modos cabal resposta e satisfação. E o certo é que, mesmo colocada por MFL, arrisca-se ao silêncio governamental mais desprezivo. Mas justifica-se que se responda integralmente e se explicite com clareza absoluta quem tem sido apoiado pelo Governo, sob que critérios e em que montantes. A arrogância habitual pode inviabilizar essa transparência mínima, uma vez mais. Repetindo-se tal cenário, será mais uma prova de que os cidadãos não são respeitados pelo Estado, mas sim somente escravizados e abusados por ele. Em sede de prestação de contas simples diante dos cidadãos não deveria ser necessário intimar o Governo, mas ser a clareza e a transparência os sinais do desenvolvimento e da lisura numa democracia madura, que não o é nem merece elogios, depois de décadas de deslumbramento apressado na consolidação e frouxo na exigência. Está porém enraizado esse governamental fazer-se tudo sob a calada da conveniência e do segredo faccioso. Tem de haver uma ruptura com essa partidarização pré-eleitoral dos apoios com coisas sérias porque a Corrupção e a chantagem política eleitoralesca também passam por aí e já pouco nos poderá surpreender. A Política com Verdade em sentido puro, feita pelo BE e pelo PP (que não podem nem devem instrumentalizar os apoios que incumbem ao Estado ao passo que o PS pode instrumentalizá-los e fá-lo largamente) nos seus mais impolutos intérpretes, deve obedecer a estes pressupostos todo o tempo: clarificar o que foi feito do nosso dinheiro. Clarificar o que está a ser feito do nosso dinheiro. Clarificar o que será feito do nosso dinheiro. E porquê. Simplesmente, não pode haver menos País para além das eleições e dos partidos que supostamente deveriam ser servidores de todos nós e não serventuários dos interesses mais poderosos: «A presidente do PSD exigiu hoje saber "para quem e para onde" foram os "milhões de euros" anunciados pelo Governo como forma de combater a crise, com resultados que são "no sentido contrário". "Este é um ponto que vou sublinhar com muita veemência até que obtenha uma resposta por parte do Governo", declarou Manuela Ferreira Leite, em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD.»

Comments

Joaquim Alves said…
O problema meu caro amigo é que perante o desgoverno da nação, julgo que nem eles, os governantes, conseguem realmente saber para onde foi o "pilim".

De regresso de um retiro sabático, deixo-te um abraço amigo.

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