DEFENDER GASPAR
Há quem recuse a Gaspar o direito ao bom humor, o direito a ser como outro ser humano qualquer, infelizmente sport-lisboa-e-benfiquista, portanto, adepto de um emblema perdedor desde 2010. Recusar a Gaspar o estatuto de humano como nós à conta das políticas seguidas no continente europeu é estúpido: muitos e muitas não estão a ver bem o problema do Ocidente em geral e da Europa, em particular, para os quais seria necessário não um, mas mil gaspares. Ainda não perceberam que as coisas não têm outra alternativa senão o abandono da visão de que o Estado tem recursos ilimitados e distribui benesses, subsídios e benfícios de forma desinteressada ou com impacto no crescimento. Bem pelo contrário: os governos socialistas incineraram pilhas de dinheiro, toneladas de dinheiro e nem por isso vimos crescimento e emprego, recordem-se. Quanto ao lado incorrigível do socialismo-de-Estado, repare-se na arrogância de Hollande perante a Comissão Europeia, aliás proporcional à impopularidade, imobilismo e impotência para se libertar dos próprios e gravíssimos problemas orçamentais. Se estivermos à espera do socialista Hollande para dar o exemplo e recuar do excesso de Estado em França a fim de o salvar e dar-lhe sustentabilidade com cada vez menores ressources budgétaires, esperemos sentados. Para salvar a decadente Europa, estéril, envelhecida, onde só imigrantes fazem filhos e renovam as gerações, o socialismo-corrupção de Estado tem de recuar para menos e mais sustentável Estado. A austeridade não é o inimigo, mas o remédio mais determinante de todos, se de todo queremos que a Moeda e o Continente sobrevivam. Larguem lá o Gaspar, não sejam burros.
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