A velhice, no pior sentido do venerado conceito, foi ontem à Aula Magna.
Pelas TV, pudemos ver, como quem vai ao zoológico pasmar com espécimenes raros, o que tem sido este Regime Corrupto: uma horrorosa forma de enriquecer através da manipulação e do tráfico de influências continuamente exercido. Histérico, perdido no seu ódio odioso, ululante, o milionário Soares teve o beija-mão processional com que sonhara, mas exaspera-se na mesma: o que já não tem, conforme sempre teve, é um Governo ao seu serviço, como os de Guterres ou os de Sócrates:
«Dr. Soares, o que podemos fazer por si?» Dinheiro. Dinheiro. Dinheiro.
É duro ser solenemente ignorado, finalmente. O Circo de ontem na Aula Magna é a anacronia, a desonestidade e o exclusivismo que, com
Pacheco presente em forma de carta, dramatizam e concentram num só Governo o grande problema do Mundo. Não há diagnóstico nem enquadramento do País. Só há instinto. Só o epidérmico. Só o cio e a exclusividade de Esquerda, ilusões de Esquerda num mundo onde a Esquerda não tem soluções a não ser o absurdo, aquilo em que ninguém vota, na hora da verdade.
Ontem, o dr. Soares exibiu toda a sua malícia e todo o seu ego: ele é o Regime. O Regime agoniza. O Regime é corrupto no tom e no grau de atrevimento. O Regime não tem vergonha nenhuma. O Regime deu-nos três bancarrotas. O dr. Soares está rico, extremamente rico e, para que isso pudesse ser assim, foi preciso que Governos irresponsáveis, venais e incompetentes, lhe fizessem todas as vontades.
Ontem, tivemos Circo Magno, num Magno Momento Gagá. Essa masturbação acabou num enorme foguetório. O Regime foi para casa. Continua milionário e convencido da velha força e influência plutossocializante. Está sempre pronto para mais uma perninha maliciosa e conspirativa, e uma chantagem violenta, insolente, sobre o Presidente em Exercício Cavaco, sobre o Menino Jesus e sobre a Popota.
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