PORTO: REVOLTA AO RETARDADOR
A política e os políticos são uma coisa muito sorna, muito lenta, muito bizarra. O Porto, o meu Porto, graças à liderança-lesma que tem tido, tem perdido por sistema. Rui Rio quer um sucessor, Rui Moreira. Está no seu direito. RM é simpático, inteligente, nobre, mas não tem suficiente chama e o necessário carisma. Não há mais ninguém que possa mudar um certo estado de coisas pachorrento cá a Norte a não ser Luís Filipe Menses. Só ele pode incarnar a urgente voz grossa na hora de negociar e só ele para simbolizar a garantia de que, da Capital, nos falem a medo. Entretanto atente-se na peculiaridade do Grito de Revolta Portuense: «Olhemos agora para o grito do Porto. É positivo. É muito positivo. Mas é preciso ir para além da questão da SRU. O Porto e o Norte não têm demonstrado capacidade de liderança e não deixa de ser sintomático o timing para este avanço: fim de mandato de Rui Rio e eleições autárquicas à porta.
Não terão existido, no último par de anos, questões relevantes e lesivas do Porto e do Norte que teriam merecido um ranger de dentes coletivo como este? Todos nos recordamos dos dossiers da ANA, da RTP-Porto, do Porto de Leixões, da Casa da Música, do túnel do Marão, do comboio Porto-Vigo, dos voos para Bragança e Vila Real, apenas para referir alguns.» José Mendes
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