REGRESSO À ÍNDIA DE NÓS MESMOS
O facto de o desemprego ter crescido horrorosamente explica parte deste brutal declínio de validações nos transportes públicos, no entanto, há qualquer coisa de cultural, enquanto Povo, que necessita de uma revolução na mobilidade para que se volte a apostar claramente naqueles: os Governos passaram décadas a fazer estradas, aposta megalómana no sentido inverso do bom-senso e de uma mobilidade sustentável. Caminho inteligente e aposta segura, pelos séculos dos séculos, há-se ser sempre o caminho de ferro, onde, à parte os crimes lesa-património cometidos, há imenso trabalho a fazer, o qual representa economia e empregos. A única e sólida revolução na mobilidade em Portugal sucedeu aquando do primeiro metro de linha férrea, no século XIX, espécie de chegada à Índia de nós mesmos, fim da era das diligências e dos almocreves. O mais natural é que tudo volte ao princípio.
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