ERA SÓ GARGANTA
O ensino superior também tem as suas excentricidades. Não se pode vir dizer umas coisas, tipo «Isto é uma vergonha.» porque finalmente um Governo decide fechar mais cursos e mais oportunidades de formação. Burrice foi relegar ou extinguir o ensino do Latim e Grego clássicos, o resto pode não passar de uma bela questão de boa gestão. Não é por aí que se vai estupidificar as massas. Pela forma como votam, têm sido previsíveis e estúpidas que baste. Se votarem Partido Socialista, estaremos conversados e bem conversados em matéria de estupidificação. O problema é que não há dinheiro. Nunca houve. Nos últimos anos, quase tudo quanto se fez de bom e de redundante no Ensino Superior e no eterno rasgar de estradas foi com dinheiro-dívida e chuto para a frente, que outros Governos e os mesmos contribuintes haveriam de pagar e pagar e pagar. Foi assim que se ganharam eleições. Com dívida-dinheiro e empurrando os problemas para o futuro. Era preciso romper com esse hábito tão português de viver do comércio das especiarias, do ouro do Brasil, da dívida pública descontrolada à pala do quentinho eurozonal. Há anos que Governos covardes, eleitorais e cediços falam em suprimir cursos sem estudantes. Até chegar Passos, o Mau, era só garganta.
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