f. DE FALLAX, DE φαλλός, DE FALÁCIA


Phallic-Head Plate, Gubbio, Italy, 1536.
Falaciosamente, f. pretende inverter os pressupostos que implicam obscuros interventores na actividade de coacção junto de magistrados. Actividade a que se dedica quem tem problemas com o absoluto esclarecimento da verdade e visa abafar o quanto antes qualquer forma de clarificação ou justiciária ou mediática, que muitas vezes supre e arrasta a primeira. Coagir, sob o argumento chantageador dos malefícios para as carreiras, só o pode fazer quem tem poder e nenhuma espécie de escrúpulos. Num país de impunidades e de inJustiças gritantes, violar o segredo de Justiça pode ser o último reduto para que alguma Justiça se faça. A que limites irá f. com o seu argumentário grotesco e intelectualmente desonesto: «Dizem Maria José Morgado e Cândida Almeida que um magistrado (uma pessoa?) corajoso não se deixa pressionar. Pode ser - mas há pressões que funcionam. Denunciar todo e qualquer protesto contra a violação sistemática do segredo de justiça no caso Freeport como uma tentativa de silenciar a comunicação social e de tentar "abafar" o caso é uma pressão muito eficaz. Como o é acusar de atentado à liberdade de expressão (veja-se a contradição) toda e qualquer pessoa que se insurja contra a violação sistemática das regras mais básicas do jornalismo, no que respeita a este caso, em vários media portugueses, com destaque para o folhetim brega que dá pelo nome de Jornal Nacional. Como o é identificar, entre os actores judiciais "envolvidos" no caso Freeport, os que terão "ligações" ou simpatias na área do PS, insinuando que essa condição, real ou imputada, suscita automático incidente de suspeição - elidindo a existência de outras simpatias político-partidárias nos actores do processo, como se umas contassem e outras não. Trata-se, afinal, de causar nas pessoas a impressão de que um partido - o que governa - é uma associação de malfeitores e que quem quer que contrarie essa visão só o fará pressionado pelo medo, pelo interesse ou pelas associações. E isso, sim, é uma pressão à séria. Abusiva, ilegítima, ameaçadora e antidemocrática.»

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