UM CONTRATO FEITO PARA SER QUEBRADO

«No debate com os deputados da passada sexta, o primeiro-ministro confirmou que o Governo pondera um corte às "pensões em pagamento". Ou seja, aplicar a nova fórmula de cálculo das pensões dos funcionários públicos não apenas a quem se reformar a partir de agora, mas também àqueles que o fizeram segundo as regras anteriores. Passos Coelho argumenta que a medida se justifica como forma de garantir que o Estado tenha dinheiro para pagar as pensões. A oposição considera-a inconstitucional e socialmente insensível. Nenhuma das partes compreende que a proposta, sem querer, põe a nu um dos principais problemas inerentes ao "Estado Social". Sempre que qualquer Governo realiza um corte nas pensões, toda a esquerda se levanta, protestando com a "quebra do contrato social", dizem. Têm razão, mas não percebem como esse "contrato", por natureza, foi feito para ser quebrado.» Bruno Alves

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