O COIO

Toda a história recente de Duarte Lima vem dar esperança aos que desejam um Estado de Direito efectivo em Portugal. Seria fantástico rebentar com o coio dos habituais fortes que em conluio com Políticos e Venais da Justiça coleccionam milhões subtraídos ao Fisco, encaminham-nos para offshores, traficam influências, compram-se e vendem-se as consciências e a lealdade devida ao Corpo Nacional, traído e espezinhado. Riem-se da miséria porque no-la a vampirizam. O que se deve gritar é isto: deixem o juiz Carlos Alexandre trabalhar em paz. Dêem-lhe sossego, isto é, ponham, por exemplo, um Marinho e Pinto no caralho, em pousio dos media, impedido de perturbar com a habitual sofreguidão inconsequente em voz de catarro, impedido de agoirar. Chega de sugestões poeira para os olhos. Basta de bojardas selectivas, que nunca incluem a insuportabilidade dos ladrões sorridentes acoitados em Paris. Chega de meter o bedelho farronca e de espingardar à toa. Já basta a falta de nível contra a Ministra da Justiça, coisa inédita e insuportável. Lima levanta o véu sobre um coio de impunes que pode ser uma surpresa tentacular. É, pelo menos, um começo de conversa contra os que precisam de uma boa e competente caçada, alguns sem Partido nem Loja, outros com demasiada Loja e excessivo Partido-Merda. Veremos a quantidade de pescado que a língua cedente de Lima nos fará, sociedade civil, capturar, se entretanto não forem lançados escolhos e baixios no caminho natural da Verdade. Há tanto cabrão especioso, pedantóide e excelentíssimo que agora pode começar a tremer. É precisamente esse coio que, temo-lo visto, o Pitosga Monteiro protege e o Minorca Noronha guarda com zelo, epítomes de uma Pocilga AntiDemocrática porque de castas, que é o Regime. Se deixarem o juiz Carlos Alexandre trabalhar em paz, pode ser que ele exerça a sua função judicial com a severidade que se impõe, sem peias. Às alimárias da ganância seria preferível prisão preventiva às pulseiras electrónicas ou aos atestados médicos manhosos, como o de Oliveira e Costa. Mas enfim, menos mal. As polícias e o Ministério Público não podem ter respeitos humanos e nem sensibilidade aos milhões que atafulham os cus venais de tantos advogados de topo em serviço de eternos impunes. Nada de dar descanso e tempo para manobrar aos perpétuos isentos da Justiça [digo-o eu, ano após ano cercado de Fisco como Penélope de Pretendentes: todos os anos a minha suposta dívida fiscal e os seus prodigiosos juros recomeçam iguais porque não posso abatê-los senão parcialmente e com os reembolsos do IRS, pelo que a coisa recomeça como uma maldição viciosa, tipicamente portuguesa no sentido chulo da palavra e do Regime.]! Chega de manobras e pressões! Prosperem muitos e muitas capazes da isenção e da coragem de Carlos Alexandre, e Portugal voltará a ser respirável. Temos muito monte de merda por caçar a fim de que os nossos filhos tenham hipóteses no futuro. O coio é sempre o mesmo e vive das mesmíssimas cumplicidades de coio. Temos o coio do filho da puta parisiense, esse esqueleto charlatão vaidoso posto em sossego, absolvido pelos media das suas múltiplas comissões em negócios ruinosos ao País. Temos o coio de muitos e muitas dedicados aos seus Abortos de Esquerda Moderada e Orgias de Esquerda Moderada com Cocaína de Esquerda Moderada, demasiado frequentadores de Restaurantes Chiques de Esquerda Moderada com o Dinheiro do Saque sem ponta de moderação. Dinheiro que era meu e era vosso, meus caros co-encornados.

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