MENEZES NÃO PRECISA DO CDS-PP

Luís Filipe Menezes com Paulo Portas em 2002
Rui Rio foi um autarca excelente num tipo raro de navegação política, a navegação de cabotagem. Mais nada. Geriu o Porto sabiamente, como é de tradição, mas das elites para as elites. Nenhum risco. Todos os passos medidos e calculados. Polémicas? Pequenas. Menores. Contas sérias e em dia. Exemplar. Com ele, porém, o Porto emudeceu. Com ele, o Porto embaciou. Todas as lideranças do passado não tinham de Rio o juízo contabilístico, mas tiveram voz grossa e um tacão bem sonoro no salão donde Lisboa nos negligencia e empobrece. Menezes não precisa do CDS-PP para ganhar largamente a nossa Cidade do Porto. Se esse partido quer ser ainda mais irrisório, que seja. É uma escolha. Não necessita de um partido só capaz de tergiversação e covardia na Parece-Que-é-uma-Coligação. Sabe, sempre soube, rodear-se dos melhores e os melhores quase nunca estão nos partidos. Em vão se estigmatizará o seu trabalho autárquico em Gaia, basta contemplar a vasta obra e os inúmeros benefícios deixados aos gaienses. Com ele, o Porto passará a ter voz, a ter rasgo, e a ver multiplicadas as hipóteses de empreendedorismo e progresso. Menezes representa o que nos levou à Índia e ao Brasil: a coragem de uma navegação política de longo curso, ousada, aventureira. Está-lhe no sangue.

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