ULRICH E A PARADOXALIDADE DA SITUAÇÃO
Pagar é ganhar tempo. Protelar a dívida será pagar mais, logo, sofrer mais por muito mais tempo. |
Há um ponto em que acompanho Fernando Ulrich, quando disse o que disse na conferência III Fórum Fiscalidade Orçamento do Estado 2013: também fico horrorizado com os postulados da «gente tão empenhada, normalmente com ignorância com o que está a dizer ou das consequências das recomendações que faz, a querer nos empurrar para a situação da Grécia». Os Demissão-Soares, as Rebenta-Ferreira Leite, os Napalm-Bagão Félix, todos os que se enchem da Infecção ultimatista ao Governo, que hiperbolizam a retórica como nunca a hiperbolizaram, os que só agora descobrem a pólvora e falam, falam, porque têm direito a falar, mas pouco ou nada a apresentam no seu currículo. A paradoxalidade da nossa situação é essa de muitos e muitas terem razão, mas não terem soluções por onde possamos seguir. Também eu, como Fernando Ulrich, fico «absolutamente boquiaberto» perante pessoas com tanta responsabilidade, «raramente da maioria ou no poder», que fazem recomendações e considerações que «terão como consequência levar Portugal, num tempo relativamente curto, para a situação da Grécia». O não pagamos. O ainda mais tempo. O ainda mais dinheiro. Paradoxalmente, Portugueses, a solução mais barata para nós será pagar a dívida. Não há outra. Nunca houve.
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