RECUSO-ME COMENTAR NORONHA
Portugal tem azar. Depois de ter suportado o agente rançoso Pinto Monteiro, que partido-socialistizou ao extremo a função, continua a ter de suportar qualquer coisa de semelhante: a incontornável anedota Noronha do Nascimento, que se recusa a comentar as escutas a Passos. Portugal tem muito azar. O Partido Socialista domina, ainda!, o Aparelho de Estado e, portanto, domina também os antros em que se enfronham os Noronha e se enfiava também o ex-procurador, já evacuado, embora flatulente. Isto enquanto de Joana Marques Vidal não se observar o que a diferencie dessa rançosa pastosidade vigente. Portugal tem tido o infinito azar de ter fantoches e marionetas no lugar onde deveria haver homens, caracteres inquebrantáveis. Até isso se paga caro. Pagamo-lo caro. As bancarrotas nascem da transigência institucional com corruptos, do amolecimento e da permeabilidade a chantagens concebidas, engendradas, perpetradas por corruptos. Eu recuso-me terminantemente a escutar e a comentar Noronha do Nascimento! Ele sabe muito. Sabe o suficiente para nos fazer sentir a todos uns completos imbecis com toda a porcalheira extirpada, recortada, x-actada do processo Face Oculta.
Comments