BCP, ESSE BANCO PRIVATO-PARTIDARIZADO


Reúne-se, magnânimo, o capital social de esse magnífico Banco secretamente periclitante, liderado por Carlos Santos Ferreira, na Alfândega do Porto. Ao que se sabe, a situação não é realmente famosa. O BCP era dos bancos europeus que mais caira em bolsa nos últimos treze meses e isto embora conste não ter tido uma exposição directa relevante à crise do crédito hipotecário de alto risco nos EUA, o chamado subprime, coisa que se verificou em muitos dos grandes bancos europeus. O outro lado de toda a questão é aquilo a que muitos observadores qualificaram como 'assalto partidário à gestão do BCP', quando foi necessário 'responder ao desafio da solvência' que então se colocava, levando Santos Ferreira na sua equipa nomes provindos como ele da CGD, entre os quais Armando Vara, o imprescindível. Grandes rumores circulam agora sobre se o BCP é ainda um banco verdadeiramente privado e, se o é ainda, até quando: «A assembleia geral do BCP começou às 14h45 no edifício da Alfândega do Porto, com 63,71 por cento do capital social representado, o que garante quórum para a alteração dos estatutos, explicou o presidente da mesa, Menezes Cordeiro. A reunião magna de accionistas do maior banco privado português vai apreciar e votar o relatório e contas de 2008 e analisar propostas de alteração dos estatutos do banco, merecendo destaque a referente à extinção do conselho superior do BCP, um órgão criado por Jardim Gonçalves, onde tinham assento representantes dos accionistas de referência da instituição.»

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